Rodrigo Calloni*
O Google Acadêmico trouxe uma grande revolução para o descobrimento de artigos científicos. Essa ferramenta indexa publicações e materiais acadêmicos de acesso livre e pago de diversas fontes, facilitando o acesso à literatura especializada. Tenho certeza que muitos de vocês já a conhecem e utilizam quando precisam encontrar referências acadêmicas sobre um assunto. Se não a conhecem, recomendo experimentá-la.
Nesse post quero explicar brevemente como funciona o Google Acadêmico e compartilhar alguns conselhos que podem melhorar a visibilidade de seu conhecimento na internet. Além disso, aprimorar seu perfil no Google Acadêmico lhe dará uma melhor noção do impacto de suas publicações na rede.
Antes de tudo, aconselho que se familiarizem com o conceito de “otimização para mecanismos de busca” (SEO em inglês), uma leitura que pode esclarecer a forma como o Google e outros buscadores indexam os sites e documentos disponíveis na internet. Um bom trabalho de otimização lhe permitirá posicionar melhor seus documentos na rede, tornando-os mais fáceis de serem encontrados. O Google oferece instruções para criar sites com estrutura correta para facilitar o ingresso nos buscadores.
Porém há algo que não é muito mencionado nas instruções de SEO. Se alguma vez você fez uma busca um pouco mais específica no Google, como por exemplo Avaliação do Conhecimento Aberto, é possível que tenha visto que os primeiros resultados são exibidos em um formato um pouco diferente, como mostra a imagem abaixo:
Estes resultados vêm justamente do Google Acadêmico e mostram os documentos com maior número de citações na plataforma para o tema específico. Essa é uma área muito valiosa no Google e temos que saber como explorá-la.
Como trabalhar com Google Acadêmico
O Google também oferece um conjunto de instruções para publicar seus documentos. Além dessas instruções, seguem alguns conselhos que pode seguir para administrar com sucesso a disseminação dos seus documentos:
Certifique-se de que as citações e referências bibliográficas de seu documento seguem os padrões internacionais. O Google vai tentar conectar seu documento com outros já indexados na plataforma e, quanto mais citações encontrar, mais visível será seu documento.
Atribua nomes simples e fáceis para seu site e documento. O robô de indexação de Google é muito aperfeiçoado, porém é sempre recomendável criar links que façam sentido.
Descreva os documentos usando as metaetiquetas (metatags) indicadas pelo Google. Estes detalhes serão de grande ajuda para o robô de Google Acadêmico, fornecendo detalhes mais apurados sobre o conteúdo do documento.
Crie seu perfil pessoal de autor em Google Acadêmico. Com esse perfil você poderá seguir o número de citações de seus documentos feitas por outros autores. Há também uma opção para configurar o sistema para que ele envie um e-mail a sua conta toda vez que sua publicação for mencionada por outra.
Finalmente, registre suas bibliotecas de uso frequente nas configurações de Google Acadêmico. Isso ajudará acessar os documentos de acesso restrito, uma vez que sua biblioteca institucional/acadêmica já pode ter acesso a esses conteúdos.
No BID estamos seguindo esses passos para facilitar o acesso de pesquisadores de todo mundo a nossas Publicações. Nosso objetivo é explorar todos os canais disponíveis para que as pessoas possam acessar e reutilizar os conhecimentos gerados por nossos especialistas. Você também pode fazer o mesmo com seus documentos e páginas web, tornando-as mais abertas e acessíveis a todos ao seguir as instruções de SEO e Google Acadêmico. Chegou a hora de abrir seu conhecimento para o sucesso na Internet.
Conhece outras ferramentas que possam nos ajudar a dar visibilidade a publicações na internet? Compartilhe-as conosco.
*Rodrigo Calloni e formado em Biblioteconomia pela Universidade de Sao Paulo (USP). Ele trabalha na sede do BID em Washington D.C. e dedica-se ao desenvolvimento de instrumentos que permitem a conexão entre diferentes sistemas bibliotecários para atender a demanda por informação da comunidade BID. Este post foi originalmente publicado no blog Aberto ao Público.
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