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Inovando nos reassentamentos involuntários com a compra assistida

12/05/2025 por Clementine Tribouillard - Roberta Carolina A. Faria - Ariella Carolino - Carla Sanche - Giselle Brand - Rita Motta Deixe um comentário


A garantia do direito à moradia digna é um dos grandes desafios enfrentados no Brasil e, na busca por oferecer condições de vida seguras, com infraestrutura e serviços básicos, gestores recorrem muitas vezes ao reassentamento involuntário de famílias. Um aplicativo desenvolvido com apoio do Banco Interamericano de Desenvolvimento busca tornar esse processo mais humanizado, dando voz e opções à população envolvida.

Na medida em que os impactos advindos do reassentamento involuntário são multidimensionais e seus custos sociais, econômicos e culturais são complexos e de difícil mensuração, se fazem necessárias políticas de salvaguardas muito bem orientadas, monitoradas e cumpridas. É imperativo minimizar a perturbação do meio em que vivem as pessoas na área de influência da intervenção, evitando ou reduzindo o deslocamento físico e assegurando que, quando forem deslocadas, as pessoas sejam tratadas de forma equitativa e possam compartilhar dos benefícios da intervenção sempre que possível.

Para aumentar a confiança e segurança da população com relação ao reassentamento, é importante ampliar as modalidades de compensação e dar oportunidade às famílias de participarem do processo.

Crédito das imagens: Prefeitura de Niterói

O que é compra assistida

Entre as opções de compensação para o reassentamento involuntário, a compra assistida é uma alternativa acessível e eficaz à construção de novas unidades habitacionais. Trata-se, em linhas gerais, da aquisição de moradias já existentes e disponíveis no mercado imobiliário, identificadas pelas famílias e aprovadas pelo agente promotor da intervenção. A compra é chamada de “assistida”, pois a família recebe apoio do órgão público que está liderando o investimento urbano em todo processo de busca e aquisição do imóvel. Bem gerenciada, esta modalidade oferece maior dinamismo aos processos de reassentamento.

A experiência de Niterói na compra assistida

No Programa de Desenvolvimento Urbano e Inclusão Social – PRODUIS, desenvolvido pela Prefeitura de Niterói com apoio do BID, a compra assistida foi definida como a principal medida de reposição habitacional pelo reassentamento. Apesar da ampla experiência do município com desapropriação e reassentamento de famílias, a compra assistida era modalidade inédita para o município em 2018, quando se optou por este caminho. Tal inovação demandou a construção de uma metodologia de trabalho e de gestão com vários órgãos da estrutura administrativa municipal, a equipe social, as famílias e os vendedores dos imóveis.

Durante a consolidação das pesquisas de mercado imobiliário para a implementação da compra assistida no PRODUIS, foi necessário integrar fatores como localização e estado de conservação dos imóveis, necessidades familiares e valores indenizatórios para assegurar a melhoria da qualidade de vida da família reassentada, considerando as restrições financeiras do valor de compra do imóvel. Para disseminar informações sobre compra assistida, apoiar, inspirar e orientar outras Agências Executoras interessadas no tema, foi elaborado o material de referência “Reassentamento Involuntário com Compra Assistida: a experiência de Niterói (RJ)”. O documento apresenta, de forma estruturada, todo o processo de reassentamento realizado pelo PRODUIS com compra assistida, destacando as metodologias aplicadas, os arranjos institucionais e os instrumentos jurídicos utilizados. Além disso, reúne exemplos práticos implementados em Niterói, bem como as lições aprendidas e boas práticas identificadas ao longo do projeto.

Crédito das imagens: Prefeitura de Niterói

O aplicativo MoraLar – fazer o match entre as famílias e os imóveis

Do aprendizado institucional emergiu, associada aos desafios enfrentados durante a pandemia, a concepção inicial de um aplicativo, o “Moralar”. O app foi concebido para organizar, gerenciar e otimizar os fluxos da compra assistida, possibilitando tanto um monitoramento mais eficiente durante a execução quanto um maior engajamento da população reassentada com as ações desenvolvidas.

Por se tratar de um aplicativo de tecnologia com código aberto, o “Moralar” é uma solução replicável e customizável a outras Agências Executoras que tenham demandas similares. Para entender um pouco mais sobre a operação do aplicativo, assista o vídeo a seguir: “Aplicativo para facilitar a compra assistida em processos de compensação para o reassentamento” acesse o seu código aqui: https://code.iadb.org/pt/ferramentas/moralar

A criação do aplicativo exigiu conhecimentos muito específicos da área de tecnologia, até mesmo para a contratação da empresa especializada que iria desenvolver a ferramenta. A solução encontrada pelo BID e a UGP foi estabelecer os requisitos de desenvolvimento em código aberto e de compatibilidade com ambientes web (Progressive Web Application) e/ou mobile (Android), prevendo etapas de teste, revisão e validação antes da finalização do aplicativo. Uma atenção especial foi dada para que as funções do app fossem didáticas, intuitivas e de fácil manuseio pela população beneficiária.

É fundamental destacar que o aplicativo é uma solução tecnológica que demanda um nível básico de conhecimentos e habilidades para sua utilização. Dado o contexto de um reassentamento e a diversidade de perfis de moradoras e moradores, inclusive com pessoas que podem não ser familiarizadas com ferramentas digitais, o aplicativo deve ser considerado uma ferramenta complementar. Sua adoção não deve substituir, mas sim coexistir com outros mecanismos que facilitem a busca por imóveis, garantindo acessibilidade para todos os públicos envolvidos.

Até o momento, 41 reassentamentos foram realizados em Niterói com compra assistida no âmbito do PRODUIS. Este piloto no PRODUIS também permitiu criar uma política pública municipal sobre compra assistida (Lei Nº 3.870 de 28 de dezembro de 2023), que já está sendo usada como referência por outros programas municipais. A ampliação dos tipos de compensação de moradia em relação às modalidades tradicionais como entrega de unidade em conjunto habitacional, por um lado, associada à digitalização do processo por meio do MoraLar, por outro lado, contribuem para o empoderamento das famílias que atuam no centro das decisões sobre suas moradias e nas parcerias com o mercado imobiliário.


Arquivado em:Cidades Marcado com:desenvolvimento urbano, reassentamento involuntário

Clementine Tribouillard

Clémentine Tribouillard é especialista na Divisão de Habitação e Desenvolvimento Urbano do BID no Brasil desde 2018. Ela é francesa, formada em ciências políticas, tem mestrado em Política Urbana pelo Instituto de Estudos Políticos de Paris e especialização em Sociologia Urbana pela UERJ. Clémentine trabalhou por 3 anos na Caixa Econômica Federal do Rio de Janeiro na concepção de programas de habitação social e na reabilitação de centros urbanos brasileiros, antes de trabalhar por 6 anos na África em programas de melhoria dos serviços urbanos (água, saneamento, resíduos sólidos) para vários doadores. Após o terremoto, morou no Haiti por 5 anos, trabalhando na reconstrução de bairros de baixa renda e reassentando famílias. Ela trabalhou em 35 países em planejamento urbano, desenvolvimento econômico e social, inclusão de gênero, sociedade civil e participação do setor privado. Atualmente, está liderando programas de urbanização de favelas, gestão de risco, reassentamento, habitação social e cidades inteligentes, com foco particular em questões de mudança climática e inclusão social.

Roberta Carolina A. Faria

Roberta Carolina é consultora em Habitação e Desenvolvimento Urbano do BID desde 2021 atuando em projetos sobre habitação de interesse social, gênero e cidades e habitação ambientalmente sustentável. É arquiteta e urbanista formada pela Universidade de Brasília (UnB) com trabalho de conclusão de curso sobre edifício de balanço energético nulo. Atualmente cursa seu mestrado também na UnB pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo com pesquisa na área de tecnologia, ambiente e sustentabilidade. Em 2020, participou do concurso de projetos de edifícios de balanço energético quase nulo fomentado pela Eletrobrás com a equipe formada pela UnB, sendo uma das equipes vencedoras da chamada pública. Trabalhou por dois anos da divisão de transporte do BID apoiando o programa de mobilidade de baixo carbono financiado pelo Global Environmental Facility (GEF). Em 2017, trabalhou como voluntária na empresa júnior de engenharia e arquitetura da UnB.

Ariella Carolino

Consultora Social da Divisão de Soluções Ambientais e Sociais (ESG) do BID no Brasil, desde 2022. Ela é graduada em Sociologia e em Ciência Política pela UNICAMP, possui mestrado em Planejamento Urbano e Regional pela USP, especialização em Instrumentos de Gestão Urbana para as Mudanças Climáticas pelo Institute for Housing and Urban Development Studies (IHS) de Roterdã, na Holanda, e graduação em Tecnologia de Gestão Ambiental pelo Senac. Sua dissertação de mestrado, intitulada "O Lugar do Social na Avaliação de Impacto Ambiental: regulação pública no Brasil, avanços teóricos e desafios para o planejamento regional", recebeu Menção Honrosa no X Prêmio Brasileiro Política e Planejamento Urbano e Regional de Dissertações de Mestrado (biênio 2015-2017) da ANPUR. Atualmente, trabalha com avaliação e gestão de riscos e impactos socioambientais de projetos de desenvolvimento financiados pelo BID, supervisionando projetos de variados setores da Carteira Brasil. Atuou como técnica do Instituto Pólis por 3 anos, desenvolvendo pesquisa e consultoria na área de participação cidadã, gestão democrática de cidades e diagnóstico social participativo. Foi coordenadora do curso de Promotoras Legais Populares da Zona Sul de São Paulo entre 2012 e 2014, atuando com educação popular dentro da perspectiva de igualdade de gênero. ([email protected])

Carla Sanche

Formada em arquitetura e urbanismo pela UFRJ, mestre em produção e gestão do espaço urbano pela UFF, com máster em desenho urbano pela Universidade de Barcelona, especialista em avaliação de políticas públicas pelo CLEAR-LAC e especialista em Urbanismo Social pelo Insper. Possui 20 anos de experiência em trabalhos com diagnósticos socioeconômicos, planejamento estratégico e coordenação de projetos de trabalho técnico social vinculados a intervenções urbanas. Desde 2018 trabalha com monitoramento e avaliação de programas e projetos de diversas temáticas. E desde 2020 como consultora social especialista em reassentamento involuntário para intervenções urbanas financiadas por organismos internacionais como BID, AFD e KfW. ([email protected])

Giselle Brand

É Pedagoga, Especialista em Gestão Estratégica e Qualidade, com mais de 15 anos de experiência na Gestão Pública com foco em Projetos Sociais, Esportivos e Inclusivos. Atualmente, atua como Coordenadora Geral do Programa de Desenvolvimento e Inclusão Social da Prefeitura de Niterói – PRODUIS gerenciando as ações Administrativas, Sociais e de Infraestrutura.

Rita Motta

Especialista em Cidades, Políticas Urbanas e Movimentos Sociais - IPPUR/UFRJ e Licenciada em Ciências Sociais pelo IUPERJ. Foi Coordenadora de Projetos Sociais do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) no Rio de Janeiro e atua como Especialista Social do PRODUIS/BID, pela Prefeitura de Niterói.

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