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Como escalar programas de melhoria do desenvolvimento infantil e alívio à pobreza preservando sua qualidade?

November 17, 2023 por Marta Rubio-Codina Leave a Comment


De 23 a 27 de outubro, ocorreu a Semana do Conhecimento do Grupo BID, um espaço no qual acadêmicos, especialistas regionais e internacionais e especialistas do BID se reuniram para compartilhar experiências em áreas críticas para o futuro do planeta. 

Nesta ocasião, tive a oportunidade de conversar com Sally Grantham-McGregor, Professora emérita de saúde e nutrição infantil na University College London (UCL), e com Sebastián Martínez, Diretor de avaliação na 3ie, com base na seguinte pergunta: é possível ampliar os investimentos sociais e os programas de alívio da pobreza com qualidade?

Qualidade e escalabilidade aplicadas à primeira infância 

Sabemos que as crianças de famílias vulneráveis começam o ensino fundamental em uma posição de grande desvantagem. Dados do Equador ou do México, por exemplo, mostram que, aos cinco anos de idade, as crianças de mães com educação básica têm um atraso de linguagem equivalente a quase 1,5 ano em relação a seus colegas cujas mães têm educação superior. Essa situação exemplifica o que é conhecido como “transmissão intergeracional da pobreza”, um ciclo que é importante romper por meio de intervenções que ofereçam oportunidades para jogos e aprendizagem. 

Com esse objetivo, na Jamaica, em meados da década de 1980, três promotoras de saúde comunitária foram treinadas como facilitadoras de uma intervenção através de jogos, atualmente conhecida como “Reach up”. Durante 24 meses, elas realizaram visitas domiciliares semanais de 1 hora a crianças cronicamente desnutridas com idade entre 1 e 2 anos, de famílias vulneráveis, na cidade de Kingston. Durante essas visitas, elas demonstravam às mães como realizar atividades lúdicas e de linguagem com seus filhos.

Os resultados de uma avaliação experimental mostraram aumentos substanciais no desenvolvimento cognitivo, linguístico e motor das crianças como consequência das visitas. E não apenas isso! Com o passar do tempo, essas crianças obtiveram melhores resultados na escola do que um grupo comparável de crianças que não receberam visitas. E, aos 31 anos de idade, eles ainda tinham QIs mais altos, maior nível de escolaridade, melhor saúde mental, menos envolvimento em comportamentos de risco e salários 37% mais altos! 

Este programa melhorou a vida de 64 crianças na Jamaica. Seria possível alcançar um impacto semelhante em uma escala maior? 

Recentemente, no Peru, o Programa Nacional “Cuna Más” adotou o modelo da Jamaica de visitas domiciliares a famílias de crianças com menos de 3 anos de idade e mulheres grávidas em áreas rurais e vulneráveis. O conteúdo das visitas foi adaptado à diversidade do país, com materiais específicos para as regiões andina e amazônica incorporando músicas e jogos locais. Atualmente, a “Cuna Más” atende a mais de 117.000 famílias. 

Ao analisarmos os resultados, observamos uma disparidade significativa, relacionada às dificuldades de manter a implementação de qualidade em escala: na Jamaica, o resultado foi 8 vezes maior do que no Peru. Além disso, os resultados foram mantidos ao longo do tempo, o que deverá ser verificado no caso do Peru quando os impactos de longo prazo forem analisados.

Encontrando um equilíbrio entre qualidade e escala

De acordo com Sally Grantham-McGregor, que liderou o projeto da Jamaica e posteriormente colaborou com o projeto do Peru, programas de alta qualidade e que mudam a vida das crianças são possíveis, no entanto ainda não foi possível ampliá-los mantendo o mesmo padrão. Dificuldades como mudanças de governo e falta de continuidade das políticas; a vinculação de programas de jogos a portfólios mais amplos- e muitas vezes com outras prioridades, como a saúde-, a precariedade do trabalho dos facilitadores; ou a redução do tempo de capacitação, comprometem a qualidade dos programas. 

Sebastián Martínez, por outro lado, argumentou que, embora não seja fácil alcançar esse equilíbrio, é possível identificar casos bem-sucedidos de expansão. No México, por exemplo, o programa “Piso Firme” substituiu pisos de terra por pisos de concreto para melhorar a saúde e as condições de vida das famílias. A avaliação mostrou impactos positivos, como a diminuição dos casos de anemia, diarreia e parasitas, entre outros, e o novo governo decidiu ampliar o programa em diferentes partes do país.

Construir vínculos, conforme exigido pelos programas que promovem o desenvolvimento infantil, certamente não é o mesmo que construir infraestrutura. A estratégia ideal para ampliar uma intervenção varia de acordo com o contexto e a natureza da própria intervenção. Aprender com as experiências anteriores pode proporcionar lições úteis para seguir avançando.  

Chaves para escalar com qualidade 

Para escalar programas de maneira efetiva, é necessário contar com pesquisa e documentação para nos orientar sobre: não apenas como o projeto pode beneficiar um determinado grupo, mas também como ele é adaptado e como é implementado. Uma falha na implementação pode eliminar todo e qualquer impacto, como Sally argumentou durante a conversa.

Por esse motivo, também é fundamental documentar os erros. Pouco se fala sobre o que não funciona, o que dá errado, porém isso pode ser extremamente útil para que outras equipes incorporem oportunamente essas aprendizagens.

A flexibilidade também é essencial: considerar as necessidades locais, conhecer a comunidade e considerar adaptações e inovações relevantes é fundamental.

Portanto, para que sejam adotadas pelos tomadores de decisão, as evidências geradas precisam ser confiáveis e acessíveis, ou seja, escritas de forma sucinta e em linguagem explicita, conforme explicado por Sebastián. 

Finalmente, ter aliados é fundamental: para que um programa realmente funcione e tenha impacto, é necessário interagir não apenas com líderes e equipes técnicas em nível regional e nacional, mas também com as comunidades e a mídia local.

O trabalho deve ser constante, mas como parte de um ciclo de aprendizagem: enquanto o objetivo de melhorar a vida das pessoas for a meta, a questão será como alcançá-la de forma eficaz.

Você pode acessar a conversa completa (que poderia ter durado mais algumas horas!) neste link. E diga-nos: na sua opinião, quais são os segredos para alcançar a escalabilidade com qualidade?


Filed Under: Medição e indicadores Tagged With: Banco Interamericano de Desenvolvimento, BID, Desenvolvimento da Primeira Infância, escalar, pobreza, Primeira Infância, qualidade

Marta Rubio-Codina

Marta Rubio-Codina é economista sênior da Divisão de Proteção Social e Mercados Laborais do BID, onde trabalha em projetos de desenvolvimento da primeira infância. Foi pesquisadora do Instituto de Estudos Fiscais de Londres. Ela é PhD em Economia pela Universidade de Toulouse, França.

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