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Por que longos tempos de espera por atendimento médico importam – e como reduzi-los

May 20, 2024 por Patricia Jara Males - Sebastian Bauhoff Leave a Comment


Longos tempos de espera por serviços públicos de saúde são comuns na América Latina, como confirmam os dados disponíveis. Por exemplo, em 2022, o tempo médio de espera para uma substituição de quadril – uma cirurgia eletiva comum – foi de 408 dias no Chile e 632 na Costa Rica. E mesmo para uma cirurgia de ponte de safena, mais de três em cada quatro pacientes estão em lista de espera há mais de três meses. 

Quais são os efeitos dos longos tempos de espera? E quais são as estratégias para reduzi-los? Como  mostra um trabalho recente apoiado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), há ampla margem para fazê-lo. Leia até o final para descobrir como!

Os efeitos indesejados dos longos tempos de espera

Na atenção à saúde, os tempos de espera e as listas de espera não são apenas pequenos inconvenientes; eles afetam significativamente os resultados de saúde, a equidade, a qualidade da atenção e a eficiência dos sistemas de saúde, bem como a confiança dos cidadãos. Vejamos mais uma vez alguns dos efeitos indesejáveis de esperas prolongadas por atendimento médico.

  • Riscos para a saúde. As listas de espera são prejudiciais à saúde das pessoas. Representam demora na prestação de cuidados essenciais aos pacientes e podem agravar as condições de saúde, causando sofrimento prolongado. Enquanto estão em listas de espera, os pacientes têm que conviver com seus problemas de saúde, correndo o risco de complicações e deterioração da qualidade de vida.
  • Problemas de equidade. A existência de listas de espera evidencia, muitas vezes, a falta de priorização nos sistemas de saúde. Embora o ideal seja que pacientes com necessidades urgentes sejam atendidos primeiro, nem sempre é assim. Além disso, alguns pacientes, principalmente aqueles que em condições de pagar, tendem a contornar as listas de espera, procurando atendimento no setor privado. Em alguns países, os pacientes podem recorrer à justiça para obter atendimento mais rápido, “furando” efetivamente a fila e, assim, aumentando o tempo de espera para os demais.
  • Atenção de má qualidade e pouco centrada no paciente. Uma atenção de boa qualidade deve centrar-se nos pacientes e em suas necessidades particulares, bem como empoderá-los para que participem ativamente da atenção que recebem. Listas de espera longas são o oposto dessa atenção centrada no paciente, visto que muitas vezes ignoram as necessidades individuais e não conseguem empoderar o paciente. Além disso, tempos de espera prolongados podem destruir a confiança no sistema de saúde, uma vez que os pacientes se preocupam se receberão os serviços de que necessitam a tempo, e os cidadãos se perguntam até que ponto podem contar com o sistema de saúde em momentos de necessidade.
  • Baixa eficiência. Listas de espera longas são ineficientes, pois resultam em piores resultados de saúde, má qualidade e um uso ineficaz dos recursos. Além disso, as listas de espera também são indicadores de deficiências na capacidade e no desempenho do sistema de saúde.

Estratégias para reduzir longos tempos de espera

Reduzir tempos de espera requer enfrentar suas causas profundas: o desequilíbrio entre a demanda e a oferta de serviços de saúde, bem como a ineficácia dos processos.

  • Aumentar a oferta: Implica aumentar o número de consultas ou repensar o uso de recursos por meio  da transferência de tarefas (por exemplo, transferindo responsabilidades do  pessoal médico já escasso para profissionais de enfermagem mais disponíveis). Alguns sistemas públicos de saúde  também introduziram tempos de espera máximos (embora muitas vezes não sejam cumpridos) e alguns pagarão para que os pacientes usem o setor privado se os tempos de espera forem demasiadamente longos. Essas estratégias, no entanto, podem ser demoradas e caras.
  • Reduzir a demanda: Dentre as medidas eficazes está a prevenção por meio de uma melhor atenção primária, o que ajuda a evitar que as doenças se desenvolvam ou se agravem. Outra abordagem é melhorar a distribuição de pacientes e o enxugamento das listas de espera com priorização e triagem. Monitorar e trabalhar ativamente com os pacientes em lista de espera também é uma forma de envolvê-los em sua atenção. Tudo isso pode aliviar a pressão sobre o sistema de saúde.
  • Otimizar processos: Uma melhor gestão e inovações nos processos podem reduzir o tempo de espera, diminuir a incerteza e melhorar a experiência do paciente. Por exemplo, a cidade de Buenos Aires usa um chatbot no seu processo de gestão de consultas, incluindo lembretes e gestão de cancelamentos e remarcações. Isso deverá reduzir o número de consultas perdidas e, assim, ajudar a maximizar as capacidades existentes. A otimização não se limita a processos técnicos, mas pode incluir uma relação mais estreita com os pacientes.

Não precisa esperar: estratégias colocadas em prática

Um projeto recente, apoiado pelo BID, baseou-se nos tempos de espera para três especialidades médicas no sistema público de saúde chileno. O projeto investigou o fluxo atual de pacientes e identificou oportunidades para melhorar a gestão de processos e pessoal, a fim de reduzir o risco de tempos de espera prolongados. Posteriormente, o projeto pilotou processos redesenhados relacionados com gestão clínica e processos estruturais para melhorar a jornada do paciente. Os resultados do piloto são promissores e incluem:

  • Diminuição geral dos tempos de espera;
  • Aumento do número de casos resolvidos que tinham esperas mais longas;
  • Aumento do número de casos encerrados e de altas por motivos médicos e contato eficaz com os pacientes.

Para tanto, foram tomadas medidas que são fundamentais para uma gestão mais eficiente:

  • Adoção de um protocolo de gestão de pacientes para cada especialidade;
  • Aproveitamento das capacidades de recursos humanos existentes;
  • Implementação de um modelo dinâmico de priorização que reclassifica o nível de risco clínico;
  • Introdução de novos critérios de atribuição de horas e agendamento;
  • Melhora nos tempos de exames médicos para maximizar a resolução da primeira consulta;
  • Incorporação da telemedicina para consultas de baixa complexidade, a fim de fortalecer a resolução do nível primário com a orientação de um especialista.

Esse projeto mostra o potencial para reduzir substancialmente as listas de espera, demonstrando que isso não precisa de ser complicado ou dispendioso. No entanto, requer atenção cuidadosa na concepção e implementação, bem como um foco robusto nos pacientes e suas necessidades.

Próximo da fila!

Os tempos de espera são mais do que números: eles refletem a capacidade do sistema de saúde para atender sua população de forma eficaz e igualitária. Compreendendo e enfrentando as questões complexas em torno dos tempos de espera e das listas de espera, poderemos avançar em direção a um sistema de saúde que priorize os resultados de saúde, a equidade, a qualidade e a eficiência, e que instile confiança e credibilidade. Não precisa ser complicado ou caro. Não há razão para esperar!

Para saber mais sobre as lições aprendidas ao longo do piloto e a visão dos especialistas sobre essa experiência, convidamos você a ver nosso recente webinar sobre esse estudo. Deixe seu comentário caso tenha mais experiências para compartilhar! Seus conhecimentos e suas contribuições são bem-vindos.


Filed Under: Serviços de saúde Tagged With: Banco Interamericano de Desenvolvimiento, BID, gestão de atendimento, saúde, tempos de espera

Patricia Jara Males

Patricia Jara is a specialist in Chile in the Social Protection and Health Division of the Inter-American Development Bank (IDB).

Sebastian Bauhoff

Dr. Bauhoff is a Principal Health Economist at the Inter-American Development Bank.  He has worked on health policy for two decades in settings from Germany (his home country) to Colombia, with a focus on innovations in health care financing and service delivery that can increase access, efficiency, and quality of care.  His recent work includes empirical impact evaluations of health insurance and results-based financing programs, and ways to use routine data to measure quality and target interventions.  Dr. Bauhoff received a BSc from the London School of Economics, an MPA in International Development from the Harvard Kennedy School and a PhD in Health Policy/Economics from Harvard University. He previously held positions as Economist at the RAND Corporation, Senior Fellow at the Center for Global Development, and Assistant Professor of Global Health and Economics at the Harvard TH Chan School of Public Health.

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