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O processo de transição energética para alcançar a descarbonização da economia brasileira até 2050: desafios e oportunidades

November 6, 2023 por Carlos Echevarría Barbero - Martha Carvalho Leave a Comment


Saiba mais sobre o trabalho do BID para impulsionar a transição energética no Brasil em portugues

A crescente preocupação com o aumento da frequência e da intensidade de fenômenos climáticos extremos impulsiona governos e autoridades a implementar medidas e políticas para reduzir as emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE). No entanto, devido às transformações estruturais necessárias nas matrizes energéticas dos países, os resultados e impactos dessas mudanças serão percebidos nos próximos cinco anos e nas décadas seguintes. Portanto, é crucial adotar medidas mais eficazes para transformar o setor energético, responsável por ¾ das emissões globais, e acelerar a luta contra os efeitos das mudanças climáticas.

No Brasil, o setor de energia contribui com 19% do total de emissões, em contraste com a média global de 72%. Esse baixo nível de emissões setoriais é atribuído principalmente ao fato de que 44% da matriz energética brasileira é renovável, com destaque para a bioenergia, energia hidrelétrica, energia eólica e energia solar.

Em 2020, o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), o Centro Brasileiro de Relações Internacionais (CEBRI) e a Empresa de Pesquisa Energética (EPE) colaboraram para desenvolver o Programa de Transição Energética (PTE) visando à descarbonização da economia brasileira até 2050. O PTE buscou, por meio de um processo participativo, identificar a evolução tecnológica e cenários futuros para a transformação do setor energético brasileiro, com o objetivo de atingir a neutralidade de carbono no país até 2050.

Neste processo, foram construídos 3 cenários de descarbonização: (i) transição brasileira[1] (Brasil), (ii) transição alternativa[2] (Alternativa), e (iii) transição global (Global)[3] que exploram as diversas opções de mitigação de emissões para alcançar a meta de neutralidade de GEE no Brasil até 2050.

Principais conclusões deste processo

  • Em todos os cenários estudados, fica evidente que a matriz energética brasileira caminhará rumo a uma redução significativa no uso de combustíveis fósseis e a uma maior adoção de fontes renováveis até 2050. No horizonte de 2050, as fontes renováveis superam a marca de 70% de participação em todos os contextos considerados. A biomassa desponta como líder nessa transformação, seguida de perto pela energia eólica e solar.

Figura 1: Figura 1: Uso de energia primária por fonte no Brasil

  • A agricultura, silvicultura e outros usos da terra respondem por 73% das emissões totais de GEE no Brasil, desempenhando um papel fundamental para viabilização da meta de neutralidade de carbono do país O Brasil, através de soluções baseadas na natureza, detém um potencial considerável, representando aproximadamente 20% do potencial global.
  • Para alcançar a neutralidade nas emissões líquidas de GEE até 2050, torna-se imperativo eliminar o desmatamento ilegal até 2028. Caso contrário, será tecnicamente inviável para o Brasil atingir esse objetivo até o ano de 2050.
  • As projeções indicam que o aproveitamento de recursos eólicos e solares será crucial para suprir o aumento na demanda por eletricidade no país, resultando na redução da participação da energia hidrelétrica na matriz elétrica brasileira para algo entre 30% e 55%. A contribuição das fontes renováveis na matriz de geração de energia do Brasil continuará em ascensão, ultrapassando a marca de 90%.

Figura 2: Produção de eletricidade por fonte e cenário (TWh/ano)

  • Em conjunto ao crescimento das fontes renováveis, é necessário expandir e reforçar, o sistema de transmissão de energia elétrica do Sistema Interligado Nacional (SIN) entre 28% e 57% até 2050.
  • A participação do petróleo e do gás natural na matriz energética brasileira em 2050 diminui ao longo do período analisado em todos os cenários, sendo substituída por biocombustíveis e pela eletrificação da frota automotiva.
  • Em relação aos biocombustíveis, além do etanol e do biodiesel, os biocombustíveis avançados estão emergindo como potenciais substitutos dos seus equivalentes fósseis (gasóleo verde, bioquerosene, etc.).
  • No cenário Alternativo, espera-se que o Brasil produza até 4 milhões de toneladas de H2 a partir de fontes renováveis, principalmente para exportação, com potencial para abastecer 10% do mercado internacional de H2 verde.

Os resultados do Programa mostram que o Brasil está estrategicamente posicionado como um dos principais atores globais na descarbonização e na transição energética. Isso se deve à sua abundância de recursos renováveis, à reconhecida capacidade técnica e ao dinamismo e experiência do seu sector industrial e energético.

Para mobilizar investimentos anuais superiores a 46 bilhões de dólares, capazes de gerar aproximadamente 5 milhões de empregos diretos e indiretos por ano, será crucial estabelecer leis e regulamentações apropriadas, bem como fortalecer parcerias público-privadas.

O Grupo do BID expressa seu compromisso em continuar fornecendo apoio técnico e financeiro ao Brasil durante o processo de transição do setor energético.

Para mais informações sobre os resultados, conclusões e recomendações do PTE do Brasil, consultar o relatório final do projeto publicado em inglês e português que pode ser encontrado no link.


Filed Under: Transicao energética

Carlos Echevarría Barbero

O Sr. Echevarría tem mais de 25 anos de experiência no financiamento de projetos de infraestrutura, nos últimos 20 anos financiando projetos no setor de energia, principalmente em países da América Latina (Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, México, Peru e Venezuela). É Especialista Regional Líder em Energia do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), e atualmente é responsável pelo diálogo setorial e as operações de energia do BID no Brasil. É também responsável pela coordenação dos projetos de integração energética regional do Banco. Tem um Bacharel em Administração de Empresas, com Mestrado em Engenharia Elétrica e Energias Renováveis.

Martha Carvalho

Martha Carvalho tem 16 anos de experiência na indústria de energia, com enfoque em eletricidade. Sua expertise abrange geração, transmissão e distribuição, incluindo em mercados latino-americanos com rápido crescimento e com alta participação de energia renovável. Atualmente, Martha é Consultora de Energia no Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), onde contribui para a originação, preparação e execução de operações de financiamento para infraestrutura e para desenho implantação de políticas energéticas. Martha é mestre em Sistemas de Energia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro e atualmente está cursando doutorado na mesma área. Antes do BID, Martha foi Head de Estudos de Transmissão e Distribuição na consultoria internacional PSR, onde liderou uma equipe multidisciplinar, executou projetos em diversas áreas técnicas, assessorou investidores em transações e apoiou instituições públicas na elaboração de regulações e políticas. Martha também atuou como professora em programas de MBA.

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