Quando as escolas reabrirem, em um contexto em que ainda não há vacina nem cura para a COVID-19, alunos terão de usar máscara? É seguro usar ar-condicionado?
Diante de uma pandemia inédita, são muitas as dúvidas que se seguirão à retomada das aulas presenciais. Por isso, publicamos um documento que sugere Estratégias de reabertura das escolas durante a COVID-19 que não só responde a essas questões, mas estabelece outras preocupações que devem nortear a ação de diretores e gestores de redes de ensino, além de pais e alunos.
Por exemplo: a publicação sugere reduzir o número de alunos nos ambientes fechados. Em vez de 30 em uma sala de 45 metros quadrados, o ideal é passar a ter 19.
Ao todo, são 26 ações agrupadas em quatro frentes com o objetivo de garantir a saúde de quem frequenta os ambientes escolares.
Ciente das limitações de diversos municípios, o BID também ressalta, no documento, a disponibilidade da instituição para treinamentos e apoio para que as recomendações sejam efetivadas.
Veja a lista com todas as recomendações, verifique se sua escola as cumpre antes da reabertura e consulte a publicação para o detalhamento de cada uma destas medidas:
a) Assegurar o distanciamento social:
Onze medidas são indicadas dentro para que as aulas, quando retomadas, não se tornem foco de transmissão da doença. A publicação também dá sugestões sobre como contornar limitações como a falta de espaço em alguns colégios – uma estratégia, por exemplo, é transformar áreas de esporte, já que essas atividades são desaconselhadas, em salas extras.
- Reabrir as escolas gradualmente (por turnos, por idades ou por bairros);
- Escalonar horários de saída e de entrada para evitar aglomerações de pais e alunos nas portas;
- Ter cadeiras com, no mínimo, um metro de distância em cada direção;
- Cancelar reuniões e outras atividades coletivas ou esportivas;
- Evitar o uso de áreas comuns, por exemplo, servindo refeições na própria sala de aula, e não no pátio;
- Estabelecer horários para uso de banheiro e corredores para evitar aglomerações;
- Diminuir o número de crianças no transporte escolar;
- Separar enfermaria para suspeitas de COVID-19 daquela destinada para outros atendimentos;
- Organizar a distribuição de refeições;
- Limitas visitas de contadores de história, voluntários e outros agentes externos à escola;
- Orientar funcionários, estudantes e família.
b) Manter escolas limpas e desinfetadas
Para essa estratégia, são cinco as medidas sugeridas e detalhadas no documento:
- Treinar as equipes de limpeza e limpar detalhadamente as escolas antes da reabertura;
- Intensificar a limpeza de rotina, com foco em objetos manuseados com frequência.
- Aumentar a equipe de limpeza;
- Usar ventilação natural e evitar ar-condicionado tipo split – preferir os que trazem ar do ambiente externo;
- Estabelecer protocolo para caso de confirmação de COVID-19 na escola;
c) Garantir que alunos e professores se mantenham saudáveis na escola
Aqui, as seis sugestões são simples e baratas e têm o objetivo de evitar a proliferação do vírus no meio escolar:
- Exigir que aluno ou professor que não se sentir bem fique em casa;
- Estabelecer rotinas para lavar as mãos;
- Flexibilizar o direito à licença por motivos de saúde;
- Definir protocolos para amparar, mas isolar fisicamente pessoas que reportarem estar se sentindo mal dentro da escola;
- Incentivar o uso de máscaras;
- Manter comunicação com familiares;
d) Dar acesso seguro a lavatórios
Apesar de a lavagem das mãos ser uma medida simples e amplamente divulgada, a prática encontra barreiras de infraestrutura: levantamento do BID aponta que 11% das escolas de ensino fundamental não têm água, segundo relatos de alunos de sexto ano.
Diante desse cenário, são importantes as seis medidas elencadas pelo documento:
- Verificar condições de lavatórios e disponibilidade de sabão;
- Aumentar número de lavatórios;
- Garantir água suficiente para toda a escola;
- Dispensar sabonete, papel e álcool em gel.
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