Banco Interamericano de Desenvolvimento
facebook
twitter
youtube
linkedin
instagram
Abierto al públicoBeyond BordersCaribbean Development TrendsCiudades SosteniblesEnergía para el FuturoEnfoque EducaciónFactor TrabajoGente SaludableGestión fiscalGobernarteIdeas MatterIdeas que CuentanIdeaçãoImpactoIndustrias CreativasLa Maleta AbiertaMoviliblogMás Allá de las FronterasNegocios SosteniblesPrimeros PasosPuntos sobre la iSeguridad CiudadanaSostenibilidadVolvamos a la fuente¿Y si hablamos de igualdad?Inicial
Administração pública Água e saneamento Ciência, Tecnologia e Inovação Conhecimento Aberto Comércio e integração regional Desenvolvimento da primeira infância Desenvolvimento urbano e habitação Educação Efetividade no desenvolvimento Energia Gênero e diversidade Indústrias Criativas Meio ambiente, mudança climática e salvaguardas Política e gestão fiscal Saúde Segurança pública e Justiça Trabalho e pensões
  • Skip to main content
  • Skip to secondary menu
  • Skip to primary sidebar
  • Skip to footer

Ideação

Inovação em Gestão Pública

  • INÍCIO
    • Sobre o blog
    • Guia editorial
  • CATEGORIAS
    • Agricultura
    • Água e saneamento
    • Cidades
    • Ciência e tecnologia
    • Comércio
    • Educação
    • Empresas e negócios
    • Energia
    • Gênero
    • Gestão de projetos
    • Gestão pública
    • Ideação
    • Infraestrutura
    • Meio ambiente
    • Mercados financeiros
    • Saúde
    • Segurança
    • Trabalho
    • Turismo sustentável
  • Autores

Segurança viária em infraestruturas sociais: quando pequenas práticas alcançam grande impacto

11/07/2019 por Marisela Ponce de León - Juliana De Moraes - Wilhelm Dalaison Deixe um comentário


A falta de segurança no trânsito é problema tanto de saúde pública, quanto de desenvolvimento. Além das perdas materiais e de recursos, também tira vidas e causa lesões permanentes, especialmente em crianças e jovens. De fato, as lesões causadas no trânsito são a principal causa de morte de crianças entre 5 e 14 anos, e de jovens entre 15 e 29 anos no mundo. No Brasil, 100 crianças morrem ao mês em decorrência do que chamamos de “acidente de trânsito”. Será mesmo um acidente? Ou situações em grande medida evitáveis?  Quando se fala de segurança viária, é preciso considerar que incidem uma série de fatores diferentes e, portanto, tem que ser abordada em múltiplas dimensões.

Tradicionalmente o enfoque de grande parte das políticas públicas sugere que os acidentes de trânsito e a segurança viária são responsabilidade exclusiva dos usuários individuais – motoristas e pedestres. De acordo com essa lógica, a informação, a publicidade e a conscientização deveriam ser a coluna vertebral da prevenção de lesões no trânsito, ao invés de ser um dos elementos em um programa mais amplo.

Entretanto, o comportamento humano acontece no contexto e no entorno. Influências indiretas como a oferta, o desenho e a distribuição viária da cidade, a natureza do veículo e as leis de trânsito e sua aplicação (ou falta de aplicação), afetam o comportamento. Por essa razão, o uso da informação e da publicidade, isoladamente, não conseguem reduzir as colisões, uma vez que os erros sim podem ser efetivamente reduzidos com mudanças no entorno imediato.  

O problema é que as pessoas caminham pela rua? Ou que não há vias para pedestres?

Muitas vezes, as pessoas optam por formas menos seguras de transporte, na falta de opções mais eficientes e convenientes, ou de vias adequadas. Por isso, para que as coisas mudem de verdade, precisamos trabalhar ativamente sobre os fatores de risco, que são:

  • Fatores econômicos que impedem o acesso a um transporte seguro;
  • Fatores demográficos e práticas de planejamento que influem na duração da viagem ou na escolha do meio de transporte;
  • Mistura de tráfego de veículos de alta velocidade (e maior peso e dimensões) com usuários vulneráveis (pedestres, ciclistas e motociclistas);
  • Articulação da função das vias (para cargas ou pessoas) com a definição dos limites de velocidade;
  • Desenho das vias de acordo com o tipo de usuário.

Recentemente, o BID lançou um kit de ferramentas sobre “Caminhos Seguros para a Escola”, em parceria com o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (UNEP), World Resources Institute (WRI) México e quatro países da região (Chile, Argentina, Equador e Panamá). Ainda que o trabalho seja dirigido a escolas, buscando melhorar os trajetos e segurança das crianças nas vias, seus princípios e metodologia se aplicam a outras edificações, como centros de saúde, hospitais, terminais de ônibus, entre outros.

A estratégia prevê a realização de um diagnóstico da situação e do entorno das escolas para estudar as variáveis e definir as linhas de ação mais convenientes com enfoque comunitário e local. Esta é uma tarefa de escala urbana ou territorial, que envolve diferentes atores, os governos locais, as escolas, os pais e as mães, os professores e professoras, vizinhos e você, como parte da comunidade.

O kit inclui também uma série de medidas de desenho de espaços que, dependendo da análise prévia, podem ser necessárias, organizando-as em cinco grupos:

  1. Medidas para acalmar o tráfego, entre elas o estreitamento da faixa de rodagem, redutores de velocidade, vias de pedestres e desvios;
  2. Medidas para cruzamentos, como as interseções e passagens elevadas, as rotatórias pequenas e médias, e os abrigos para pedestres;
  3. Calçadas, incluindo extensões de calçada, rampas e pontos de ônibus;
  4. Instalações para bicicletas, como ciclovias, vias de uso compartilhado ou redes para bicicletas;
  5. Sinalização e outros elementos, como faixas, as paradas e faixas de pedestres e a iluminação

 

O que mais podemos fazer?

Não é necessário esperar que a escola ou o centro de saúde estejam funcionando para começar a pensar na segurança viária. Alguns exemplos concretos do que fazer desde a concepção do projeto:

Escolher uma localização segura:

Em 2018, o BID publicou Onde Sim, Onde Não, Guia para a seleção de terrenos para construir projetos de infraestrutura social, onde propõe uma metodologia para selecionar os terrenos. Três aspectos são essenciais nesta etapa de planejamento:

  • Demanda ou necessidade
  • Acessibilidade
  • Ameaças e riscos

Como os projetos de infraestrutura social implicam no translado de um grande volume de pessoas, a análise da acessibilidade, incluindo a proximidade com os beneficiários, cobertura do transporte público e acessos para veículos e pedestres é sumamente relevante. Para desenvolver essa análise na etapa de planejamento, pode-se considerar o estudo de diagnóstico de segurança viária proposto no kit Caminhos Seguros para a Escola.

Buscar apoio da comunidade:

Um diagnóstico de segurança viária pode ser útil para os gerentes do projeto de infraestrutura social, uma vez que lhes permite conhecer como irá se comportar o entorno da escola, e definir o alcance das obras necessárias para que os usuários possam ter acesso em condições seguras.

Provavelmente, a maioria dessas obras irão exceder o alcance de seus próprios projetos, devendo-se recorrer a outros atores-chave ou interessados em aportar e dotar o entorno de condições seguras. Sem dúvida, a abordagem da segurança viária tem uma escala territorial, de forma que o principal parceiro poderia ser a municipalidade. O diagnóstico também permitiria ter elementos sólidos para convencer a comunidade e o setor privado a colaborar com o esforço conjunto de fazer com que os caminhos sejam mais seguros para todos. Aqui uma DICA: se as ruas são acessíveis e seguras para as crianças, elas são seguras para todos e beneficiam a toda a comunidade.

Oportunidades antes da construção:

É possível colaborar com a segurança viária se, ao momento de fazer os desenhos do edifício e do espaço exterior, incorporarmos algumas obras menores que, com um custo relativamente mínimo, podem gerar um grande aporte ao projeto.

Se vamos licitar a construção de uma escola ou centro de saúde, por que não incluir que a empresa contratada pinte as faixas de pedestre ou construa o ponto de ônibus? E se somos mais ambiciosos, por que não incluir a construção de alguns trechos de ciclovia, da extensão da calçada ou a colocação de redutores de velocidade e avisos luminosos?

Assim, a fase da realização do desenho, prévia à construção, é outro momento de oportunidade, já que podemos incorporar ao alcance do projeto alguns elementos básicos, mesmo que estejam fora do terreno específico do edifício. Essa estratégia de incorporar nos projetos de infraestrutura social elementos que tradicionalmente não seriam considerados ou que não estavam incluídos foi desenvolvida pelo BID no Guia Incorporação de serviços públicos em projetos de infraestrutura social. Nesse guia, propõe-se incorporar, nos casos em que seja necessário, o abastecimento de água, saneamento, energia, internet, tratamento de resíduos e acessos aos projetos, garantindo a integração e a coordenação das ações.

Conceber os projetos de infraestrutura social com um enfoque multissetorial, de integralidade e prevenção, brinda muitas oportunidades de maximizar esforços e evitar falta de coordenação com intervenções posteriores isoladas. A possibilidade de incorporar a segurança viária desde o início do projeto é algo simples e possível que, com pequenas práticas, é possível gerar grandes impactos, e seguros.

Se você acredita que essas mudanças são possíveis e quer ser parte dessa transformação em sua comunidade ou tem alguma ideia inovadora de como podemos expandir e implementar esse conhecimento e ferramenta, escreva para [email protected] e compartilhe a informação. O acesso a uma infraestrutura de forma segura é um direito de todos.

Continue essa conversa no Twitter @BIDtransporte


Arquivado em:Cidades, Infraestrutura Marcado com:infraestrutura social, mobilidade, mobilidade segura, segurança no trânsito, segurança viária, transporte

Marisela Ponce de León

Marisela Ponce de León es Consultora de Seguridad Vial en la División de Transporte del BID. Cuenta con Licenciatura en Relaciones Internacionales por el Instituto Tecnológico y de Estudios Superiores de Monterrey (México) y Maestría en Salud Pública por la Universidad de Liverpool (Reino Unido). Anteriormente fungió como Consultora en Seguridad Vial y Prevención de Lesiones y Violencia para la Organización Mundial de la Salud (OMS) en su Oficina Regional para el Pacífico Occidental en Filipinas y para la Organización Panamericana de la Salud (OPS) en su Oficina de País en México. Previo a esto se desempeñó como Coordinadora Nacional de Juventud y del Departamento de Relaciones Internacionales del Secretariado Técnico del Consejo Nacional para la Prevención de Accidentes (STCONAPRA) de México.

Juliana De Moraes

É consultora para a Unidade de Infraestrutura Social (UIS) no Setor de Infraestrutura e Energia do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) em Washington DC. Na UIS, Juliana colabora com edição e coordenação de produtos de conhecimento e pesquisa sobre acessibilidade universal. No Setor, Juliana colaborou com a elaboração de uma proposta para melhorar a execução de projetos no Haiti com o Comitê Diretivo do Banco. Anteriormente, ela trabalhou na Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH). Com mais de 4 anos trabalhando em organizações multilaterais, Juliana tem experiência na defesa de questões relacionadas a gênero, raça, migração, justiça e igualdade social. É formada em Relações Internacionais com ênfase em Direitos Humanos e Desenvolvimento Internacional pela American University, em Washington, D.C.

Wilhelm Dalaison

Wilhelm Dalaison es Especialista Senior en Infraestructura Social del Banco Interamericano de Desarrollo (BID) y desde septiembre de 2020 coordina el Grupo de Infraestructura Social (GIS). El GIS apoya a diferentes sectores en la implementación de los proyectos de infraestructura, y en la generación de conocimiento y transferencia de buenas prácticas a los países de América Latina y el Caribe. Anteriormente se desempeñó como coordinador técnico en la Oficina de las Naciones Unidas de Servicios para Proyectos (UNOPS) para proyectos de infraestructura de salud en Colombia y El Salvador, y realizó actividades de docencia e investigación en el área de la infraestructura de salud en Argentina. Wilhelm es arquitecto de la Universidad de la República de Uruguay y Especialista en Planeamiento de Recursos Físicos en Salud de la Universidad de Buenos Aires.

Reader Interactions

Leave a Reply Cancel reply

Your email address will not be published. Required fields are marked *

Primary Sidebar

Receba nosso conteúdo exclusivo

ASSINE

Pesquisar

Ideação

Banco de inovação em gestão pública no Brasil

Categorias

Você pode se interessar por

  • Ruas completas: como implementar mobilidade ativa na sua cidade
  • Obras públicas em tempos de pandemia: como um parque de São Luís manteve reformas sem renunciar à prevenção
  • Deslocamento econômico de comerciantes de rua não é expulsão, é empoderamento

Footer

Banco Interamericano de Desarrollo
facebook
twitter
youtube
youtube

    Blogs escritos por funcionários do BID:

    Copyright © Inter-American Development Bank ("IDB"). Este trabalho está sob a licença de Creative Commons IGO 3.0 Attribution-NonCommercial-NoDerivatives. (CC-IGO 3.0 BY-NC-ND) e pode ser reproduzido com atribuição ao BID para fins não comerciais. Trabalhos derivados não são permitidos. Qualquer disputa relacionada ao uso dos trabalhos do BID que não possam ser acordados de maneira amigável deve ser submetida à arbitragem de acordo com as regras da UNCITRAL. O uso do nome do BID para qualquer finalidade além de atribuição e o uso da logo do BID está sujeita a um acordo de licença separado entre o Banco e o usuário e não é parte da licença de CC- IGO. Note que o link proporcionado sobre a licença Creative Commons inclui termos e condições adicionais.


    Blogs escritos por autores externos:

    Para qualquer dúvida relacionada ao direito de copyright de artigos produzidos por autores que não são funcionários do BID, por favor preencher o formulário de contato para este blog.

    As opiniões expressadas neste blog são dos autores e não refletem necessariamente as opiniões do BID, seu Conselho Executivo, ou de seus países membros.

    Atribuição: além de atribuir o trabalho ao autor respectivo e ao dono do direito de copyright, conforme o caso, apreciamos se você pode incluir um link para o blog do BID.



    Política de privacidade

    Copyright © 2025 · Magazine Pro em Genesis Framework · WordPress · Log in

    Banco Interamericano de Desarrollo

    Aviso Legal

    Las opiniones expresadas en estos blogs son las de los autores y no necesariamente reflejan las opiniones del Banco Interamericano de Desarrollo, sus directivas, la Asamblea de Gobernadores o sus países miembros.

    facebook
    twitter
    youtube