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Ruas completas: como implementar mobilidade ativa na sua cidade

11/11/2019 por Jason Anthony Hobbs - Karisa Ribeiro - Arthur Oliveira - Roberta Carolina A. Faria Deixe um comentário


O deslocamento a pé, seja para acessar o carro, o transporte público, a bicicleta, os estabelecimentos, as residências ou as próprias calçadas fazem parte do dia a dia de todo cidadão e isso só demonstra que a mobilidade ativa, que é a forma de transporte de pessoas feita a pé, é um elemento estruturante das cidades.

Dados recentes mostram que a distribuição entre as ofertas de diferentes tipos de infraestrutura nas cidades brasileiras é desigual, priorizando aquelas voltadas aos transportes motorizados. No Brasil 81,7% do entorno dos domicílios contam com pavimentação, enquanto 69% possuem calçadas e apenas 4,7% rampas para acessibilidade, o que não reflete a tendência mundial de fomentar a sustentabilidade no meio urbano com a revitalização das reais funções das ruas.

No entanto, algumas medidas podem ser tomadas para melhorar esse cenário, com a implementação de estratégias para planejar e implantar vias que permitam o acesso seguro e integrado de pedestres, ciclistas, motoristas e usuários de transporte público, de modo a possibilitar a permanência do indivíduo nas vias ao torná-las mais atrativas.

Para tornar as ruas mais atrativas para os usuários, o World Resouces Institute avalia que é preciso trabalhar elementos que configuram o ambiente. Os mobiliários urbanos alocados nas vias como iluminação pública, pontos de ônibus, lixeiras, monumentos, vegetação, sinalização e outros são elementos fundamentais.

Além disso, a forma como a rua se relaciona com os edifícios, principalmente a interação com as fachadas, contribui para ruas mais envolventes e caminháveis com o objetivo de promover espaços para troca de experiências sociais, ambientais e econômicas. Abaixo compartilhamos uma proposta que exemplifica como trabalhar esses elementos urbanos em uma rua:

Dentre os diversos benefícios de se promover ruas completas e a mobilidade ativa estão a diminuição do transporte motorizado, inclusão de meios mais saudáveis de locomoção, redução da emissão de gases poluentes, aumento da segurança, vivacidade das ruas, melhora da interação do indivíduo com o comércio local e até mesmo a valorização imobiliária.

No Brasil, esse tipo de conceito começou a ser introduzido nos anos 2000, sendo impulsionado pela Política Nacional de Mobilidade Urbana. Cidades como Orlando nos EUA, Toronto no Canadá, Curitiba capital do Paraná e Belo Horizonte capital de Minas Gerais desenvolveram projetos e políticas públicas para fomentar ruas mais caminháveis, e utilizaram nesse processo de desenvolvimento urbano algumas estratégias:

  • Políticas de desestímulo do uso do transporte individual motorizado;
  • Ações educativas e de incentivo a diminuição do uso do transporte individual motorizado;
  • Viabilização de ruas compartilhadas;
  • Road diet: retirada de uma via de rolamento para carros;
  • Traffic calming: moderação do tráfego de automóveis;
  • Aumento das calçadas;
  • Aumento do espaço verde aberto existente.

Caso de sucesso – Campo Grande, Mato Grosso do Sul

A rua 14 de julho, localizada no centro da cidade de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, com extensão total de 5km, é considerada um dos principais locais de atividade urbana do município, motivo pelo qual foi elaborado um projeto de requalificação em 1,4 Km dessa via, abordado no Manual de Gestão Inteligente do Espaço Público, elaborado pela prefeitura de Campo Grande.

Os principais problemas diagnosticados para o projeto dessa via foram áreas públicas subutilizadas, falta de conforto ambiental, perda do dinamismo econômico, poluição visual, poucas áreas sombreadas e calçadas estreitas com obstáculos, como as imagens demonstram:

  

A partir dos problemas identificados, o projeto de requalificação da via 14 de julho propõe resgatar valores socioculturais revitalizando economicamente a área central e qualificando os espaços públicos, aumentando a oferta de transporte público e mobilidade, e aprimorando a gestão urbana e ambiental da cidade. A metodologia utilizada consiste em duas fases, uma de elaboração e outra de evolução do projeto, como esquematizado a seguir:

Alguns exemplos dos elementos e equipamentos urbanos propostos pelo Manual de Gestão Inteligente do Espaço Público para o projeto de requalificação da via foram: totens para os equipamentos de comunicação, ampliação de calçadas, paisagismo e travessia de pedestre elevada, respectivamente.

A importância das parcerias

Para que haja sucesso na implementação de estratégias que tornem as vias urbanas mais caminháveis é essencial a integração dos setores público e privado nas intervenções. Nesse sentido, usar instrumentos de incentivo e capacitação ajuda a aumentar a promoção do debate entre a esfera pública e privada.

O papel dos cidadãos é fundamental, tanto na fase de planejamento, como de execução das mudanças. Dessa forma, durante o desenvolvimento do projeto,  foi realizado um Workshop promovido pelo Instituto de Políticas de Transporte e Desenvolvimento (ITDP), no qual participaram a Prefeitura, alguns importantes representantes da sociedade civil organizada, como moradores do centro, representantes dos conselhos de apoio às pessoas com deficiência, associação de mulheres com deficiência e coletivos de usuários de bicicleta, houve a participação de professores de arquitetura e urbanismo, do Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU), IPHAN, SESC e os técnicos das empresas que estão realizando os projetos de requalificação das vias do entorno da Rua 14 de julho.

Os impactos já alcançados com as intervenções foram a inclusão de bancos em diferentes alturas para o atendimento de crianças e pessoas com nanismo, que não estava previsto na primeira fase do projeto. Além disso, a AGETRAN está estudando a criação de uma ciclofaixa na Rua 14 de julho. Com as obras iniciadas já pode-se perceber alguns dos elementos propostos pelo projeto, como faixa de pedestre nivelada, estreitamento de ruas e alargamento de calçadas planas.

Fotos: Divulgação/Campo Grande

Arquivado em:Cidades Marcado com:cidades, infraestrutura urbana, mobilidade ativa, ruas completas

Jason Anthony Hobbs

Jason Hobbs asesora a los responsables de políticas y a los líderes de ciudades sobre desafíos urbanos, incluidos la infraestructura resiliente, mecanismos de captura de valor del suelo, desarrollo orientado al tránsito (DOT), preservación del patrimonio, mejoramiento urbano y espacios públicos. Tiene casi dos décadas de experiencia trabajando en toda la región de América Latina y el Caribe en el diseño, implementación y evaluación de proyectos de préstamos para el desarrollo. Su experiencia también incluye trabajo con el Banco Mundial, organizaciones sin fines de lucro y el sector público. Habla con fluidez portugués, español e inglés, y es un defensor apasionado de la creación de lugares y ciudades a escala humana, comprometido con el mejoramiento de las comunidades de la región. El trabajo publicado de Jason incluye notas técnicas revisadas por pares y publicaciones sobre la aplicación de sistemas DOT en el contexto de países en desarrollo; la identificación de atributos clave de las operaciones urbanas municipales, evidenciado en la experiencia de São Paulo; el impacto de la mejora de la infraestructura municipal en los precios de las propiedades; y alternativas para promover la vivienda de bajos ingresos en áreas urbanas centrales. Además de sus contribuciones a la investigación, ha sido editor de publicaciones revisadas por pares que abordan metodologías para mejorar la caminabilidad en entornos urbanos construidos. Su participación editorial se extiende a varios temas relacionados con el DOT, y escribe regularmente en blogs sobre temas relacionados con las finanzas urbanas municipales.

Karisa Ribeiro

É engenheira de transporte com especialização em planejamento e mobilidade urbana, gerenciamento de grandes projetos de infraestrutura, estudos de análise de viabilidade econômica, planejamento e modelagem de sistemas de transporte. Possui mestrado e doutorado em Engenharia Civil, Nagoya, Japão, e graduação em Engenharia Civil, Belo Horizonte, Brasil. Com 20 anos de experiência adquirida trabalhando no Brasil, Japão, Austrália e Nova Zelândia, Karisa atuou e coordenou equipes multidisciplinares, buscando desenvolver diversos negócios e oportunidades nos setores público e privado, com foco nas áreas de: gestão de projetos, estudos de análise de viabilidade econômica, mobilidade e acessibilidade urbana, otimização de recursos e capital em grandes projetos de infraestrutura. Como especialista sênior em transporte do BID, Karisa se dedica à concepção, gestão e monitoramento de grandes projetos de infraestrutura no Brasil e ao portfólio do Banco na região. Siga Karisa no twitter: @KarisaRibeiro

Arthur Oliveira

É engenheiro Civil com mestrado em Transportes e Especialista em Gestão de Negócios, coordenou o núcleo de desenvolvimento tecnológico da associação das empresas de transportes públicos do Brasil e foi pesquisador da Universidade de Brasília em trabalhos na área de Transporte Urbano, Semiurbano e Interurbano de Passageiros, Emissões, Transporte Escolar Rural e de Infraestrutura Multimodal para o Plano Nacional de Logística de Transportes. Atuou na iniciativa de cidades emergentes sustentáveis (ICES), fazendo diagnóstico e plano de ação para a área de transportes e no programa de mobilidade de baixo carbono, financiado com recursos do GEF. Atualmente trabalha como consultor no BID em preparação, execução e supervisão dos projetos de transportes financiados pelo Banco.

Roberta Carolina A. Faria

Roberta Carolina é consultora em Habitação e Desenvolvimento Urbano do BID desde 2021 atuando em projetos sobre habitação de interesse social, gênero e cidades e habitação ambientalmente sustentável. É arquiteta e urbanista formada pela Universidade de Brasília (UnB) com trabalho de conclusão de curso sobre edifício de balanço energético nulo. Atualmente cursa seu mestrado também na UnB pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo com pesquisa na área de tecnologia, ambiente e sustentabilidade. Em 2020, participou do concurso de projetos de edifícios de balanço energético quase nulo fomentado pela Eletrobrás com a equipe formada pela UnB, sendo uma das equipes vencedoras da chamada pública. Trabalhou por dois anos da divisão de transporte do BID apoiando o programa de mobilidade de baixo carbono financiado pelo Global Environmental Facility (GEF). Em 2017, trabalhou como voluntária na empresa júnior de engenharia e arquitetura da UnB.

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