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Projeto no Brasil mostra como melhorar o desempenho educativo

24/10/2017 por Autor invitado Deixe um comentário


Marcelo Pérez Alfaro*

Desde os anos 90, o Brasil conseguiu aumentar significativamente as taxas de matrícula dos jovens em idade escolar, entretanto, como nos demais países da região, este crescimento não foi acompanhado do aumento da qualidade do ensino.

Na prova de 2012 do Programa Internacional para a Avaliação de Estudantes (PISA, sigla em inglês), por exemplo, 67% dos alunos brasileiros com 15 anos não alcançaram os níveis mínimos de aprendizagem como realizar simples operações de álgebra e/ou calcular proporções ou áreas. Esta taxa é três vezes mais alta que a dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômicos (OCDE).

Diante dessa realidade, e em um esforço para motivar os estudantes para que desenvolvam melhor suas habilidades em matemática – tão necessárias para acessar conhecimentos mais complexos – o  BID, a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas e a Secretaria de Educação do Estado de São Paulo (SEESP) desenharam o Tem+Matemática, um programa de mentorias para alunos da 7º a 9º séries com problemas de aprendizagem em matemática e que tinham interesse em superá-los.

Eram formados grupos de estudo compostos de três a cinco alunos da mesma série, e um tutor, que funcionaria ao final da jornada escolar.

Os tutores eram estudantes universitários de licenciatura em matemática ou áreas afins como química e física. Em um ambiente informal, os alunos apresentavam dúvidas ou revisavam conteúdos curriculares.

O vínculo e empatia com o mentor – muitas vezes proveniente do mesmo nível socioeconômico e exemplo de que os desafios para empreender uma carreira universitária podem vencer—foram elementos de grande importância.

As sessões duravam 90 minutos, aconteciam duas vezes por semana e foram realizadas entre agosto e novembro de 2011. A carga horária das mentorias eram adicionais às aulas regulares, o que equivalia a 40% do tempo da aula dedicada a matemática ao longo do ano. Esperava-se que as mentorias pudessem resultar em uma melhora na aprendizagem dos estudantes.

Avaliação

Para saber se o programa foi efetivo, foi realizada uma avaliação de impacto experimental baseada em quatro dimensões: desempenho em matemática, português, ciências e geografia; abandono, retenção e ausências; habilidades não cognitivas como perseverança, autoestima, auto eficácia, dimensões de socialização, como disposição ao trabalho em grupo e redes de amizade,  e autonomia; além de hábitos de estudo estratégias de estudo e tempo dedicado a matemática.

A SEESP selecionou 1.200 escolas com os piores resultados em matemática. Entre estas foram eleitas 210 que tiveram aulas da 7º a 9º séries e que estavam próximas de faculdades com cursos de licenciatura. Logo foi dada a oportunidade aos alunos de se inscreverem nas sessões de mentoria.

Foram eleitas 142 escolas com espaços físicos disponíveis para realizá-las, com pelo menos 10 estudantes inscritos e três mentores interessados.

Foi realizado então o sorteio das escolas: 88 formaram o grupo de tratamento (tutorias) e 54 o de controle. A avaliação foi feita com o universo de alunos que participaram no mínimo de um terço das sessões.

Os efeitos de curto prazo ao final do programa, e de longo prazo dois ou três anos depois de concluído foram estimados.

Os resultados: baixo impacto dos efeitos de curto prazo na melhora da aprendizagem, efeitos positivos nos indicadores de perseverança e disposição para trabalhar em grupo, e efeitos negativos, embora não estatisticamente significativos, em retenção, abandono escolar e ausência.

Não se encontrou evidência de impactos de longo prazo nas variáveis avaliadas.

Resultados magros, ensinamentos úteis

Apesar de não haver alcançado impactos em algumas das variáveis de interesse, por que vale a pena resgatar a experiência deste programa? Porque deixa lições para esforços futuros.

Houve dificuldade de recrutar mentores interessados, o que se somou à ausência frequente tanto dos alunos como dos mentores, principalmente nas semanas iniciais do projeto. O que mais dificultou o recrutamento e a retenção de mentores foi a distância entre as escolas e o lugar onde eram oferecidos os cursos de licenciatura, e a baixa e pouco atrativa remuneração oferecida para estes mentores universitários em um momento em que o mercado de trabalho apresentava outras possibilidades de emprego.

Em relação aos alunos, observou-se faltas frequentes das sessões de mentoria, muitos deles pela ausência dos mentores na semana inicial do programa. Cerca de 65% dos estudantes originalmente matriculados e com a oportunidade de participar no programa nunca assistiram ou foram menos de dez vezes de um total de 30 sessões planejadas.

Sem dúvida, é preciso ter maior difusão e coordenação de programas deste tipo nos dois sentidos.

Do lado dos tutores, é importante fortalecer seu entendimento das práticas docentes prévias à graduação. Do lado dos estudantes, seus professores devem assumir um papel mais ativo nas recomendações para as sessões de mentoria e fazer seguimento de sua participação nelas.

Por último, resulta essencial a articulação entre professores de matemática e mentores, particularmente no que diz respeito às atividades que se realizam nas mentorias, para superar os desafios na aprendizagem de matemática deixando-a mais atrativa.

Esta história faz parte das histórias de projetos do Panorama da Efetividade no Desenvolvimento, uma publicação anual que ressalta as lições e experiências dos projetos e avaliações do BID.

 

*Marcelo Pérez Alfaro é especialista líder em educação no Banco Interamericano de Desenvolvimento.


Arquivado em:Ideação Marcado com:aprendizagem de matemática, desempenho educativo, educacao, Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, jovens em idade escolar, mentorias escolares, Panorama da Efetividade no Desenvolvimento, Pisa, professores de matemática, rede pública de ensino, scolas com os piores resultados em matemática, Secretaria de Educação do Estado de São Paulo, SEESP, Tem+Matemática

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