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Os primeiros anos: um chamado a ação

10/03/2016 por Autor invitado Deixe um comentário


Ariel Fiszbein*

O Banco Interamericano de Desenvolvimento publicou seu relatório anual de Desenvolvimento nas Américas. O livro Os Primeiros Anos aborda um dos desafios mais preocupantes na América Latina: reduzir as grandes diferenças de desenvolvimento que apresentam as crianças da região. O que faz de maneira clara, rigorosa e sistemática. O livro tem todos os ingredientes necessários para influenciar de maneira contundente na maneira como se pensam e debatem as políticas de desenvolvimento infantil na região.

O primeiro capítulo do estudo fala sobre a conservação do estado do desenvolvimento infantil na região. Analisa uma série de dimensões, desde a saúde e a nutrição até o desenvolvimento de habilidades cognitivas e linguísticas. Nos leva a zonas incômodas, colocando em evidência as condições incrivelmente severas que padecem as crianças latino-americanas. Tudo isto se faz de maneira muito detalhada, dando ao leitor uma visão completa do tema que até mesmo alguns de nós que tem estudado o assunto por vários anos não tinha considerado. Os capítulos estão bem escritos, dessa forma não nos damos conta que acabamos de receber uma curta lição, sobre a complexidade que implica medir o desenvolvimento infantil. Ao final da primeira parte do livro, nos sentimos profundamente tocados por um grande desafio ético que implica o estado desfavorecido do desenvolvimento infantil na região. Ao mesmo tempo, a resenha nos dá um sentido claro das potenciais ganâncias econômicas e sociais que poderiam obter os países latino-americanos se investissem mais e melhor em suas crianças.

primeiros anos_primeira infancia - estudo do bid (Mobile)O seguinte passo no argumento lógico do relatório apresenta como melhorar o bem-estar infantil.  Neste caso, o livro traz contribuições extremamente valiosas. Primeiro, nos proporciona uma perspectiva ampla ao focar não apenas o rol tradicional dos serviços de saúde e educação, incluindo famílias, comunidades e cuidadores. Segundo, usando como referência a tradição de rigorosas revisões científicas, leva-se em consideração as limitações dos dados e métodos de avaliação para assim aportar uma avaliação balanceada e sistemática do que funciona ou não na hora de melhorar os indicadores de desenvolvimento infantil.

Desta maneira, aprendemos sobre os efeitos positivos dos programas de estimulação infantil que trabalham com famílias carentes de forma sistemática. Também recebemos uma forte advertência com respeito às instituições de cuidado infantil de má qualidade. Finalmente, fomos surpreendidos com a evidência que demonstra os grandes efeitos de se ter um bom professor sobre as habilidades de aprendizagem das crianças.

A parte final do livro nos ajuda a responder a difícil pergunta que se deve fazer. Em temas como este, apenas escutamos discursos pomposos que fazem um chamado para fazer mais, solicitando aos governos grandes investimentos para expandir serviços, como se isso solucionaria os problemas atuais. O livro Os Primeiros Anos, ao contrário, assume uma posição corajosa ao considerar o custo-efetividade de outras alternativas. Para esclarecer, os autores do livro não hesitam que os países latino-americanos devem investir mais no desenvolvimento infantil e o dizem de maneira explícita. Mas também investir apenas dinheiro no problema não é a solução, a expansão massiva de serviços, em especial serviços de cuidado infantil, é em demasia cara e provavelmente não alcançará os efeitos desejados. Ao longo do livro, os autores destacam o tema crucial que é a redução das brechas entre os mais carentes dos mais favorecidos. Por consequência, consideram que é obrigatório priorizar a expansão de serviços de alta qualidade para os mais vulneráveis e evitar o chamado frequente a universalizar os serviços – o qual na prática significaria serviços inexpressivos para a maioria das crianças.

O desenvolvimento da primeira infância está convertendo-se, gradualmente, em uma prioridade política na América Latina. Os governos de vários países tem começado a fazer deste tema um componente explícito de sua agenda política. Embora os desafios variem de país, existem vários assuntos comuns que qualquer agenda para o desenvolvimento infantil deve abranger. Todos os países ainda assim devem definir una série de objetivos e indicadores para o desenvolvimento infantil que orientem as ações públicas e sirvam de base para monitorar seu progresso. Para abordar a natureza transversal dos programas de desenvolvimento infantil, se requer uma coordenação importante dentro dos governos. Estes devem aumentar os orçamentos e fortalecer os mecanismos para administrar serviços de primeira infância de qualidade.

Os Primeiros Anos é publicado em um momento pertinente. Podemos estar perto de um ponto de curvatura no processo para mudar a maneira em que as sociedades investem em suas crianças. Sinceramente espero que este livro nos ajude a avançarmos ainda mais nesse ponto.

Post publicado originalmente no PREAL Blog e replicado no blog do BID Ideas que Cuentan

 

*Ariel Fiszbein é diretor do Programa de Educação do Diálogo Interamericano. Antes de unir-se ao Diálogo, Fiszbein foi economista chefe da Rede de Desenvolvimento Humano do Banco Mundial. Oriundo da Argentina, possui doutorado em Economia pela Universidade da Califórnia, Berkeley.


Arquivado em:Ideação Marcado com:desenvolvimento infantil, Desenvolvimento nas Américas, educação infantil, habilidades cognitivas e linguísticas, OCDE; #educação, políticas de desenvolvimento infantil, primeira infância, primeira infância de qualidade

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