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Mulheres que transformam a Cidade #4: Primeira infância e gênero

08/02/2021 por Claudia de Freitas Vidigal - Sarah Gamrani - Clementine Tribouillard Deixe um comentário


Como é viver na cidade a partir de tamanhos e perspectivas das crianças? Como construir espaços seguros, acessíveis e divertidos para elas? Neste podcast, falamos sobre a importância dos temas relacionados à primeira infância na cidade, as ferramentas para levar em conta suas experiências urbanas, assim como o projeto Urban 95, liderado pela Fundação Bernard Van Leer. 

Ouça o podcast aqui!

O que são infraestruturas urbanas funcionais e inclusivas? 

O espaço público deve ser projetado para as necessidades de todas e todos. Tomemos como base os seguintes exemplos: 

– os banheiros públicos:

Os banheiros são um elemento indispensável tanto para homens e meninos quanto para mulheres e meninas. Os mictórios estão muito presentes e são utilizados no espaço público, enquanto os banheiros femininos estão muito menos presentes. Porém, são até mais necessários, já que as mulheres não possuem outro meio senão ter um local fechado e seguro para fazer suas necessidades. Assim, pensar em espaços públicos com perspectiva de gênero significa facilitar o acesso a infraestruturas que correspondam às necessidades das mulheres e mães quando se deslocam, seja para urinar, trocar as fraldas dos bebês, ter pontos de água, amamentar e outros. É uma questão de saúde pública e higiene (inclusive menstrual), mas também de acessibilidade e conforto. Os banheiros também devem ser projetados para pessoas que acompanham as crianças, e integrar fraldários tanto no banheiro masculino quanto no feminino, ou em banheiros sem gênero.  

– as larguras e condições das calçadas e vias  

Como um pai, uma mãe, um avô, uma avó ou qualquer outra pessoa encarregada do trabalho de cuidado se desloca com seus filhos quando a calçada é perigosa, estreita demais ou cheia de obstáculos? O espaço público não é acolhedor se as calçadas não forem suficientemente largas para que os pais possam caminhar em segurança com seus filhos e filhas. As calçadas, ou as vias nos parques e praças, devem ser construídas com uma largura mínima que permita o movimento simultâneo de pedestres, cadeiras de rodas, pessoas com carrinhos de bebês ou de compras, pessoas com bengalas ou andadores etc. A qualidade das calçadas também é muito importante, evitando desníveis e buracos que possam atrapalhar a locomoção do pedestre. 

– os bancos e assentos públicos 

Qual é o ritmo de caminhada das crianças e dos idosos? Eles precisam fazer pausas frequentes? Isso deve ser levado em conta ao posicionar bancos e assentos públicos, por exemplo. Os espaços públicos com mobiliários para intervalos frequentes durante a caminhada respeitam os ritmos diferentes de cada um, desde o mais jovem até o mais idoso. 

– a iluminação em espaços públicos  

Um critério importante para espaços públicos seguros é a iluminação. É importante que o local seja visível, além de possibilitar ver outras pessoas e poder ser visto, a iluminação da cidade precisa também se voltar à escala humana, ou seja, ser adequada ao pedestre. Uma boa iluminação é igualmente importante para a segurança rodoviária em todas as viagens, seja para pedestres, especialmente crianças, ou para veículos motorizados.  

– as vagas de estacionamento reservadas 

Para facilitar a mobilidade de pessoas com deficiência ou mulheres grávidas, por exemplo, é importante pensar em padrões de mobilidade de forma adaptada, também quando se desloca com veículos motorizados particulares. Por exemplo, pensar em vagas de estacionamento reservadas em frente a centros de saúde, escolas, lugares de compras e outros, são uma boa prática para facilitar o acesso desse público a esses lugares.  

– praças, parques, espaços verdes e playgrounds 

A localização dos espaços de recreação é uma questão-chave na cidade: onde se encontram? Ao lado de uma rodovia, de uma via movimentada? As ruas ao redor dos parques devem estar sujeitas a um limite de velocidade adequado, ou até fechadas para a passagem de veículos motorizados. Além disso, como construir parques para todas e todos?  

– pontos de transporte e paradas de ônibus 

Pontos de transporte e paradas de ônibus são áreas de parada urbana, onde muitas pessoas na cidade estão em trânsito, esperando por um ônibus, metrô ou trem, por exemplo. Eles devem ser projetados como lugares seguros, iluminados, onde é possível ser visto e ver o que está acontecendo ao seu redor, para não se transformar em esconderijos. Também precisam ser acessíveis a todas e todos, por exemplo com carrinho de bebê ou crianças pequenas. São pontos importantes na cidade porque permitem o bom deslocamento de todas e todos, de acordo com as diferentes atividades e necessidades. 

Planejadores urbanos medindo a largura das calçadas como parte da análise de acessibilidade para o projeto Reviva Campo Grande. Fonte: Prefeitura de Campo Grande/BID 

Qual é o lugar das crianças nas cidades? 

É importante a relação entre o desenvolvimento infantil e os espaços urbanos. Como adultos sem deficiências, consideramos óbvio poder caminhar e nos deslocar pela cidade por conta própria, sendo independentes. Mas e as crianças? Como é viver na cidade a partir de seus tamanhos, perspectivas e habilidades físicas? Como suas necessidades podem ser levadas em conta?  

Pensar a partir da perspectiva das crianças, sem diferenças de gênero, raça, etnia, classe e levando em conta as deficiências, obviamente significa pensar a partir da perspectiva da família como um todo, e daqueles que os acompanham diariamente na cidade, principalmente os pais, familiares e cuidadores. As cidades que respeitam as necessidades das crianças e idosos são, portanto, cidades que respeitam o ritmo e as necessidades de vários outros grupos. 

Desenvolvido pela Fundação Bernard Van Leer, especializada em primeira infância, o Urban95 é um projeto que incentiva os diferentes atores da cidade a pensar em espaços urbanos a partir da perspectiva de uma criança de 3 anos de idade, com 95 cm de altura. Estimula a reflexão sobre as diferentes experiências da cidade e sobre como os espaços urbanos podem ser amigáveis para as famílias e como as crianças podem se desenvolver de forma sustentável e saudável. A iniciativa permitiu criar um guia com ideias para ação, muito útil, especialmente para gestores públicos.  

Criança brincando nas ruas coloridas do Recife, no âmbito do projeto “Mais Vida Nos Morros” de parceria entre a Fundação Bernard Van Leer e a Prefeitura do Recife. Fonte: Prefeitura do Recife 

Por que nós fazemos perguntas sobre gênero no espaço público e na cidade?  

Simplesmente porque são lugares que promovem o encontro, a visibilidade e a troca entre as pessoas na sociedade, e onde o gênero é demonstrado. Muitas vezes, o espaço público é definido como um espaço “neutro”, quando ele não é. O espaço público também não é público para todos, como seu nome sugere. Para compreender as relações de poder no desenho, uso e ocupação do espaço público que perpetuam as representações sociais de gênero, e impulsar mudanças, o BID criou um Guia prático e interseccional para cidades mais inclusivas.  

Baixe a publicação aqui!

O guia visa abrir um espaço de reflexão sobre as perspectivas feministas e interseccionais na concepção e gestão das cidades no Brasil. Aborda o planejamento urbano através da integração de diferentes características dos usuários da cidade como gênero, raça, orientação sexual, idade e condição física. Qual é o papel da mulher no diagnóstico e na tomada de decisões na cidade? As funcionalidades dos espaços urbanos são pensadas de forma equitativa de acordo com as necessidades de cada usuário, incluindo crianças, idosos, pessoas com deficiência, pessoas LGBTQIA+, pessoas de distintas etnias e raças? Como esta diversidade de usuários pode ser mais bem integrada na cidade para torná-la acessível, segura e inclusiva? 

Essas são algumas das perguntas que o guia poderá responder, e que serão discutidas em nosso webinar especial no próximo 8 de março, na ocasião do Dia Internacional da Mulher: faça aqui sua inscrição e não deixe de participar enviando perguntas! 

Veja também os artigos anteriores da mesma serie:  

  • Mulheres que transformam a Cidade #1: Diagnóstico urbano, caminhabilidade e gênero, sobre como criar espaços para que as mulheres possam expressar sua opinião sobre o que precisa ser feito para melhorar nossos bairros. 
  • Mulheres que transformam a Cidade #2: Segurança pública e gênero, sobre o que caracterizam os atos de violência contra as mulheres nos espaços públicos. 
  • Mulheres que transformam a Cidade #3: Mobilidade e gênero, sobre a relação entre o gênero com os desafios da mobilidade urbana. 

Arquivado em:Cidades, Gênero, Infraestrutura Marcado com:cidades, crianças, desenvolvimento urbano, equidade de gênero, gênero, primeira infância, qualidade de vida de crianças e jovens

Claudia de Freitas Vidigal

Graduada em Psicologia pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (1998). Fez especialização em Psicodrama, Pós-graduação em Administração para o Terceiro Setor pela Fundação Getúlio Vargas e mestrado em Psicologia Social pela PUC-SP. Desde 2002 dedica-se ao trabalho social, principalmente em organizações da sociedade civil, atuando sempre na promoção dos direitos de crianças e adolescentes. Foi Secretária Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente do Ministério de Direitos Humanos por um ano e também presidente do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente, o CONANDA. É fundadora, presidiu e coordenou por mais de 10 anos o Instituto Fazendo História. Atuou como conselheira em diversas organizações da sociedade civil, dentre elas, Plan International, Associação Vagalume, Outward Bound Brasil. Atualmente é representante da Fundação Bernard van Leer no Brasil, de onde lidera a iniciativa Urban95, investindo em cidades melhores para bebês, crianças e seus cuidadores!

Sarah Gamrani

Especialista urbana francesa, mestre em Estratégias urbanas e Governança Metropolitana. Ao longo de sua carreira acadêmica, ela integrou suas leituras feministas ao seu trabalho, e foi co-fundadora, em 2019, do coletivo feminista ‘urban femina’ criado para questionar as abordagens de gênero no mundo acadêmico, mas também na prática do planejamento urbano. As noções de cuidado, interseccionalidade e inclusão das mulheres nos espaços urbanos são temas centrais de suas pesquisas.

Clementine Tribouillard

Clémentine Tribouillard é especialista na Divisão de Habitação e Desenvolvimento Urbano do BID no Brasil desde 2018. Ela é francesa, formada em ciências políticas, tem mestrado em Política Urbana pelo Instituto de Estudos Políticos de Paris e especialização em Sociologia Urbana pela UERJ. Clémentine trabalhou por 3 anos na Caixa Econômica Federal do Rio de Janeiro na concepção de programas de habitação social e na reabilitação de centros urbanos brasileiros, antes de trabalhar por 6 anos na África em programas de melhoria dos serviços urbanos (água, saneamento, resíduos sólidos) para vários doadores. Após o terremoto, morou no Haiti por 5 anos, trabalhando na reconstrução de bairros de baixa renda e reassentando famílias. Ela trabalhou em 35 países em planejamento urbano, desenvolvimento econômico e social, inclusão de gênero, sociedade civil e participação do setor privado. Atualmente, está liderando programas de urbanização de favelas, gestão de risco, reassentamento, habitação social e cidades inteligentes, com foco particular em questões de mudança climática e inclusão social.

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