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Mulher Empreendedora: uma resposta aos impactos da pandemia de Covid-19

22/12/2020 por Rita Motta - Karina de Paula - Regina Pfiffner - Clementine Tribouillard 2 Comentarios


Além de provocar mais de 1,2 milhão de mortes em todo o mundo, a pandemia de Covid-19 deixou claro que seus impactos são mais intensos nas famílias vulneráveis e seus efeitos, sentidos de forma diferente entre homens e mulheres. Enquanto o isolamento social significou desemprego ou diminuição drástica na renda de grande parte da população, para muitas mulheres, suas próprias casas se tornaram sinônimo de medo e insegurança. O aumento no número de casos de violência doméstica levou a Organização das Nações Unidas a publicar recomendações específicas para enfrentar essa situação em todo o mundo. 

No Brasil, durante a pandemia, a condição de desigualdade entre mulheres e homens chama atenção. Elas representam 70% da força de trabalho em serviços sociais e de saúde, o que significa que estão na linha de frente de combate à doença. Observa-se ainda, que as mulheres foram as mais afetadas pelo desemprego, pelo fechamento de serviços públicos, sobretudo escolas e creches, e pelo aumento da informalidade, porta de entrada das mulheres no mercado profissional autônomo. Não por acaso, o trabalho doméstico encontra-se na centralidade das discussões sobre vulnerabilidade social, econômica e segurança sanitária das mulheres. 

Se precisam continuar a trabalhar, como protegê-las do contágio? Se não trabalham, como garantir remuneração ou condições para que consigam fazer novas escolhas após situações de violência?

Esse cenário motivou o nascimento do projeto Mulher Empreendedora, uma parceria entre a Prefeitura de Niterói, o Banco Interamericano de Desenvolvimento e a Aliança Empreendedora. “Queremos que esse trabalho se desenvolva em grande escala depois da pandemia, para que essas mulheres tenham maior independência financeira, autoestima e atuem em rede de solidariedade”, defende a secretária de planejamento de Niterói, Ellen Benedetti.

Para o projeto, a Prefeitura de Niteroi mobilizou suas equipes: por um lado, a unidade de gestão do Programa de Desenvolvimento Urbano e Inclusão Social de Niterói (PRODUIS), programa de parceria entre a Prefeitura e o BID desde 2014 que visa promover, através de um projeto urbano-social, a melhoria da qualidade de vida dos moradores das comunidades denominadas Capim Melado, Vila Ipiranga, Igrejinha do Caramujo e São José. O PRODUIS se estrutura na urbanização dessas comunidades, bem como na inclusão social de seus moradores. As intervenções se constituem em implementação de infraestrutura básica, promoção de serviços sociais, promoção de atividades de educação sanitária e ambiental, regularização fundiária, e reassentamento de famílias.

Por outro lado, também foi mobilizada a CODIM – Coordenadoria de Políticas e Direitos para as Mulheres, cujo objetivo é formular, desenvolver e avaliar programas e projetos voltados à promoção e defesa dos direitos das mulheres. Vinculado à sua estrutura encontra-se o CEAM, Centro Especializado de Atendimento à Mulher, serviço que realiza o acolhimento, acompanhamento e encaminhamento interdisciplinar às mulheres em situação de violência, sobretudo doméstica.


Atividades online foram adaptadas para plataformas com acesso facilitado para as participantes usando o próprio celular

Para o BID, o projeto foi mais uma oportunidade de promover inclusão de gênero, considerando a dificuldade de acesso ao mercado de trabalho e geração de renda para as mulheres. O projeto foi financiado dentro de uma iniciativa mais global da divisão de Desenvolvimento Urbano do BID de promoção do bem-estar de mulheres e mães trabalhadoras, que apoia diversas iniciativas na América Latina e no Caribe. Também se integra nos objetivos de combate às desigualdades de gênero nas cidades e promoção da produtividade urbana através da igualdade de gênero.

Para implementar capacitações remotas a mulheres empreendedoras nestes territórios de Niterói, sejam elas iniciantes ou já na frente de um negócio, a Prefeitura e o BID fecharam uma parceria com a Aliança Empreendedora, organização social especializada em apoiar empresas, organizações sociais e governos a desenvolver modelos de negócios inclusivos e projetos de apoio a microempreendedores de comunidades e periferias, ampliando o acesso a conhecimento, redes, mercados e crédito para que desenvolvam ou iniciem seus empreendimentos, em todo o Brasil.

Capacitações foram remotas para mulheres empreendedoras em territórios vulneráveis de Niterói
Crédito imagem: divulgação Aliança Empreendedora

Mulheres “chefes de família”

“Empreendedora e futura empresária, com orgulho!” É pela potência dessas palavras que Cíntia Reis, 47 anos, descreve como passou a se enxergar, depois de participar do projeto Mulher Empreendedora. Moradora do bairro Engenhoca, em Niterói, ela não é a única que quis assumir o “comando” de sua vida e transformar aquilo que era apenas uma renda extra, em sustento da família. 

Não é de hoje que o número de mulheres responsáveis financeiramente pelos lares vem crescendo, passando de 14 milhões, em 2001, para 28,9 milhões, em 2015, de acordo com a pesquisa da Escola Nacional de Seguros, Mulheres Chefes de Família no Brasil: avanços e desafios, realizada, em 2018, por José Eustáquio Diniz Alves e Suzana Cavenaghi. Diante disso, o empreendedorismo parece ser uma chave para que elas assumam suas próprias histórias, seja por não contarem com ajuda de um companheiro ou para que possam garantir autonomia e superar situações de violência. O GEM (Global Entrepreneurship Monitor), principal pesquisa sobre empreendedorismo no mundo, mostrou em sua última edição (2019) que 25,8 milhões de mulheres estão à frente de negócios no Brasil, o que representa 47,3% do total de negócios iniciais ou estabelecidos no país. 

Com negócios afetados pela crise, mulheres empreendedoras precisaram adaptar suas atividades equilibrando cuidados com a família
(Crédito imagem: divulgação Aliança Empreendedora)

Capacitação e empoderamento

Se engana quem pensa que começar um negócio próprio se resume a colocar as ideias no papel e aprender a fazer planilhas. Esta vertente de capacitação tem foco em temas relacionados à gestão, mas também empoderamento feminino e autoconhecimento: para as iniciantes, uma injeção de incentivo; para as mulheres já atuantes, um suporte para a formalização, aumento de vendas e formação de rede. Cíntia, por exemplo, confessa que o seu maior aprendizado foi confiar em si mesma e resgatar a coragem de sonhar. “Perdi o medo e me imagino expandindo, fornecendo meu produto para vários lugares. Sei que posso ter uma vida melhor para mim e meus filhos”, diz. 

Apesar dos desafios de uma formação online, os conteúdos e o formato da capacitação foram gratuitos e adaptados à rotina diária das participantes. Afinal, o projeto não poderia ser mais uma sobrecarga para as mulheres, muitas delas, mães. Então, toda a comunicação aconteceu por meio do WhatsApp e YouTube, ferramentas de fácil acesso, acionadas através dos celulares de cada uma. Créditos de celular foram carregados para as participantes, para garantir que ninguém ficasse de fora por razoes de exclusão digital.

A história de Cíntia e o retorno das outras 184 mulheres que participaram das três turmas do curso fazem a coordenadora de projetos da Aliança Empreendedora, Regina Pfiffner, acreditar no sucesso do curso Mulher Empreendedora. Ela conta como foi impressionante a forma de mobilização das participantes e a construção de redes de parceria para apoiarem umas às outras. “Percebemos na interação o quanto a capacitação contribuiu na melhoria de vida e no despertar de um olhar empreendedor”.  

Blog também disponível em espanhol no blog Ciudades Sostenibles.


Arquivado em:Gênero, Gestão de projetos Marcado com:COVID-19, empreendedorismo, empreendedorismo feminino, equidade de gênero, gênero, igualdade de gênero, pandemia

Rita Motta

Especialista em Cidades, Políticas Urbanas e Movimentos Sociais - IPPUR/UFRJ e Licenciada em Ciências Sociais pelo IUPERJ. Foi Coordenadora de Projetos Sociais do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) no Rio de Janeiro e atua como Especialista Social do PRODUIS/BID, pela Prefeitura de Niterói.

Karina de Paula

Mestranda em Antropologia Social (PPGA-UFF) e Bacharela em Segurança Pública pela Universidade Federal Fluminense (UFF). É pesquisadora vinculada ao Laboratório de Estudos sobre Conflito, Cidadania e Segurança Pública (LAESP) e à Rede Internacional de pesquisa do INCT-InEAC. Foi Coordenadora de Políticas e Direitos das Mulheres da Prefeitura de Niterói (2020).

Regina Pfiffner

Coordenadora de projetos da Aliança Empreendedora, Regina é bióloga, com especialização em Análise Ambiental, formada em Pedagogia Waldorf. É pós-graduada em dinâmica dos grupos pela Sociedade Brasileira da Dinâmica dos grupos (SBDG) e certificada internacionalmente pelo curso PMDPro, Gestão de Projetos Sociais. Faz parte da equipe da Aliança Empreendedora desde 2009, onde já atuou como assessora de empreendimentos e desenvolveu metodologia, ministrando treinamentos para organizações sociais e formação de facilitadores. Desde 2014, ocupa o cargo de coordenadora de projeto com foco na juventude, mulheres, e diversidade.

Clementine Tribouillard

Clémentine Tribouillard é especialista na Divisão de Habitação e Desenvolvimento Urbano do BID no Brasil desde 2018. Ela é francesa, formada em ciências políticas, tem mestrado em Política Urbana pelo Instituto de Estudos Políticos de Paris e especialização em Sociologia Urbana pela UERJ. Clémentine trabalhou por 3 anos na Caixa Econômica Federal do Rio de Janeiro na concepção de programas de habitação social e na reabilitação de centros urbanos brasileiros, antes de trabalhar por 6 anos na África em programas de melhoria dos serviços urbanos (água, saneamento, resíduos sólidos) para vários doadores. Após o terremoto, morou no Haiti por 5 anos, trabalhando na reconstrução de bairros de baixa renda e reassentando famílias. Ela trabalhou em 35 países em planejamento urbano, desenvolvimento econômico e social, inclusão de gênero, sociedade civil e participação do setor privado. Atualmente, está liderando programas de urbanização de favelas, gestão de risco, reassentamento, habitação social e cidades inteligentes, com foco particular em questões de mudança climática e inclusão social.

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Comments

  1. Gabriela diz

    12/04/2021 at 2:14 pm

    Parabens pelo otimo post, gostei bastante do conteudo!!!

    Reply
  2. felipe dias diz

    11/03/2021 at 12:31 am

    gostei muito do seu site e do conteúdo. vou acompanhar toda semana as atualizações

    Reply

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