Banco Interamericano de Desenvolvimento
facebook
twitter
youtube
linkedin
instagram
Abierto al públicoBeyond BordersCaribbean Development TrendsCiudades SosteniblesEnergía para el FuturoEnfoque EducaciónFactor TrabajoGente SaludableGestión fiscalGobernarteIdeas MatterIdeas que CuentanIdeaçãoImpactoIndustrias CreativasLa Maleta AbiertaMoviliblogMás Allá de las FronterasNegocios SosteniblesPrimeros PasosPuntos sobre la iSeguridad CiudadanaSostenibilidadVolvamos a la fuente¿Y si hablamos de igualdad?Inicial
Administração pública Água e saneamento Ciência, Tecnologia e Inovação Conhecimento Aberto Comércio e integração regional Desenvolvimento da primeira infância Desenvolvimento urbano e habitação Educação Efetividade no desenvolvimento Energia Gênero e diversidade Indústrias Criativas Meio ambiente, mudança climática e salvaguardas Política e gestão fiscal Saúde Segurança pública e Justiça Trabalho e pensões
  • Skip to main content
  • Skip to secondary menu
  • Skip to primary sidebar
  • Skip to footer

Ideação

Inovação em Gestão Pública

  • INÍCIO
    • Sobre o blog
    • Guia editorial
  • CATEGORIAS
    • Agricultura
    • Água e saneamento
    • Cidades
    • Ciência e tecnologia
    • Comércio
    • Educação
    • Empresas e negócios
    • Energia
    • Gênero
    • Gestão de projetos
    • Gestão pública
    • Ideação
    • Infraestrutura
    • Meio ambiente
    • Mercados financeiros
    • Saúde
    • Segurança
    • Trabalho
    • Turismo sustentável
  • Autores

Floresta em pé é sinônimo de emprego e renda

11/04/2019 por Octavio Damiani Marti 2 Comentarios


A Amazônia é um bioma indispensável para o planeta. Abrange uma superfície próxima a 7 milhões de km2 em nove países, da qual 60% estão no Brasil. Considerada a maior floresta tropical do mundo, possui 30% das 100 mil espécies das plantas existentes em todo o continente sul-americano, e detém cerca de 20% do volume mundial de água doce. Além disso, 98% das terras indígenas brasileiras estão na Amazônia, aproximadamente 7 milhões de pessoas moram na área rural e por esses e outros fatores é centro de debates internacionais.

Nas últimas décadas, o desmatamento ilegal da Amazônia tem causado preocupação pelos efeitos sobre a biodiversidade e a mudança do clima. O Brasil tem se esforçado para reduzir o desmatamento, criando e fortalecendo instituições que trabalham a problemática sob distintas abordagens, gerando mecanismos legais e implementando programas para monitorar o desmatamento com o uso da tecnologia, assim como ações de controle e repressão. Entretanto, os resultados desse enfoque têm sido insuficientes.

Só reprimir não funciona, usar a floresta de forma sustentável sim

O Acre tem inovado ao implementar modelos de uso sustentável que preservam a floresta no longo prazo e promovem a inclusão social e geração de renda das comunidades rurais. Por meio do Programa de Desenvolvimento Sustentável do Acre (PDSA), o BID apoiou a preparação e execução de planos de manejo florestal sustentável comunitários, que implicam o uso sustentável de áreas de floresta para extração de madeira certificada e de produção legal. O PDSA informou às comunidades rurais sobre como funcionam os planos de manejo sustentável e, no caso de manifestar interesse, o programa financiou capacitação e assistência técnica para acompanhar a preparação e execução do plano.

A floresta amazônica no Acre tem 68 espécies já utilizadas pela indústria, sendo as mais comuns angelim, cedro, cerejeira, cumaru, ipê, jatobá, maçaranduba, breus e sumaúma. Um plano de manejo florestal implica a seleção da área, o levantamento de informação precisa sobre as espécies presentes, e a identificação e georreferenciamento das árvores adultas que irão ser explorados ao longo do tempo de execução do plano.

Como funciona o manejo sustentável

O plano precisa de licenciamento que autoriza o uso da área, o que requer uma identificação exata do território, a preparação de um inventário florestal detalhado, a elaboração do plano de manejo florestal de longo prazo e de planos anuais de produção. Tanto a preparação do plano quanto sua implementação requerem o apoio de um responsável técnico. Uma vez aprovado, o plano habilita o uso da floresta para o manejo florestal, promovendo a criação de emprego e renda da atividade florestal, aliado ao fornecimento de matéria prima legal para o mercado.

Foi o que aconteceu com a Cooperativa de Produtores Florestais Comunitários (Cooperfloresta), organização que possui uma experiência de mais de 10 anos na cadeia de valor da madeira manejada e certificada internacionalmente. Os planos de manejo florestal da Cooperfloresta, apoiados pelo programa, ajudaram a 300 famílias de cinco associações no complexo de florestas estaduais do Rio Gregório.

A superfície total incluída nos planos é de 7.210 hectares, com uma área de produção de 5.768 hectares.  A experiência mostrou que cada hectare de floresta possui em média 200 árvores maduras e 1000 árvores jovens. Com o manejo sustentável é possível retirar de quatro a seis árvores maduras por hectare, que em média representam de 15 a 30 metros cúbicos de madeira.  A exploração é realizada num ciclo que vai de 10 a 30 anos, ou seja, após a retirada de madeira, só é permitido explorar a mesma área de 10 a 30 anos depois, sendo esse período o tempo de recuperação.

Emprego para quem antes não tinha renda

As famílias locais beneficiárias do programa tinham uma renda baixa e realizavam atividades de subsistência que, na ausência dos planos de manejo florestal, acabavam desmatando ilegalmente. Com os planos de manejo florestal sustentável comunitários, a renda média anual por família triplicou, passando para R$ 26 mil.

O Planos de Manejo Florestal Sustentável Comunitários apoiados pelo PDSA incluíram uma área total de 44.500 hectares, beneficiando 11 associações e 440 famílias. A experiência do Estado do Acre mostra que é possível promover mecanismos de uso sustentável da floresta amazônica, que combatam o desmatamento e, ao mesmo tempo, gerem emprego e renda.


Arquivado em:Agricultura Marcado com:Amazônia, desmatamento, emprego, floresta amazônica, manejo florestal, meio ambiente

Octavio Damiani Marti

De nacionalidade uruguaia, é Especialista Líder em Desenvolvimento Rural e Agricultura do BID no Brasil.

Reader Interactions

Comments

  1. Nilton Neto diz

    16/04/2019 at 4:56 pm

    As florestas constituem um dos maiores patrimônios do Brasil. É a nossa maior riqueza e mundo inteiro reconhece a importância da sua preservação, embora, lamentavelmente, no mais das vezes as autoridades locais não consiguam ver o óbvio. Projetos como esses são revigorantes e nos dão esperança de ver floresta preservada para as futuras gerações.

    Reply
  2. Felipe Guedes diz

    12/04/2019 at 1:50 pm

    Excelente … A gestão inovadora do Estado do Acre em projetos de desenvolvimento sustentável são referencia mundial. O apoio de organismos internacionais como Banco Mundial, FAO, BID e KfW tem contribuído efetivamente na implantação dessas politicas.

    Reply

Leave a Reply Cancel reply

Your email address will not be published. Required fields are marked *

Primary Sidebar

Receba nosso conteúdo exclusivo

ASSINE

Pesquisar

Ideação

Banco de inovação em gestão pública no Brasil

Categorias

Você pode se interessar por

  • A agricultura de baixo carbono no Brasil pode beneficiar agricultores e conter a mudança climática
  • Agricultura climaticamente inteligente: garantia de comida à mesa
  • Crédito e conhecimento: contribuindo para um agro potente, resiliente e sustentável

Footer

Banco Interamericano de Desarrollo
facebook
twitter
youtube
youtube

    Blogs escritos por funcionários do BID:

    Copyright © Inter-American Development Bank ("IDB"). Este trabalho está sob a licença de Creative Commons IGO 3.0 Attribution-NonCommercial-NoDerivatives. (CC-IGO 3.0 BY-NC-ND) e pode ser reproduzido com atribuição ao BID para fins não comerciais. Trabalhos derivados não são permitidos. Qualquer disputa relacionada ao uso dos trabalhos do BID que não possam ser acordados de maneira amigável deve ser submetida à arbitragem de acordo com as regras da UNCITRAL. O uso do nome do BID para qualquer finalidade além de atribuição e o uso da logo do BID está sujeita a um acordo de licença separado entre o Banco e o usuário e não é parte da licença de CC- IGO. Note que o link proporcionado sobre a licença Creative Commons inclui termos e condições adicionais.


    Blogs escritos por autores externos:

    Para qualquer dúvida relacionada ao direito de copyright de artigos produzidos por autores que não são funcionários do BID, por favor preencher o formulário de contato para este blog.

    As opiniões expressadas neste blog são dos autores e não refletem necessariamente as opiniões do BID, seu Conselho Executivo, ou de seus países membros.

    Atribuição: além de atribuir o trabalho ao autor respectivo e ao dono do direito de copyright, conforme o caso, apreciamos se você pode incluir um link para o blog do BID.



    Política de privacidade

    Copyright © 2025 · Magazine Pro em Genesis Framework · WordPress · Log in

    Banco Interamericano de Desarrollo

    Aviso Legal

    Las opiniones expresadas en estos blogs son las de los autores y no necesariamente reflejan las opiniones del Banco Interamericano de Desarrollo, sus directivas, la Asamblea de Gobernadores o sus países miembros.

    facebook
    twitter
    youtube