Banco Interamericano de Desenvolvimento
facebook
twitter
youtube
linkedin
instagram
Abierto al públicoBeyond BordersCaribbean Development TrendsCiudades SosteniblesEnergía para el FuturoEnfoque EducaciónFactor TrabajoGente SaludableGestión fiscalGobernarteIdeas MatterIdeas que CuentanIdeaçãoImpactoIndustrias CreativasLa Maleta AbiertaMoviliblogMás Allá de las FronterasNegocios SosteniblesPrimeros PasosPuntos sobre la iSeguridad CiudadanaSostenibilidadVolvamos a la fuente¿Y si hablamos de igualdad?Inicial
Administração pública Água e saneamento Ciência, Tecnologia e Inovação Conhecimento Aberto Comércio e integração regional Desenvolvimento da primeira infância Desenvolvimento urbano e habitação Educação Efetividade no desenvolvimento Energia Gênero e diversidade Indústrias Criativas Meio ambiente, mudança climática e salvaguardas Política e gestão fiscal Saúde Segurança pública e Justiça Trabalho e pensões
  • Skip to main content
  • Skip to secondary menu
  • Skip to primary sidebar
  • Skip to footer

Ideação

Inovação em Gestão Pública

  • INÍCIO
    • Sobre o blog
    • Guia editorial
  • CATEGORIAS
    • Agricultura
    • Água e saneamento
    • Cidades
    • Ciência e tecnologia
    • Comércio
    • Educação
    • Empresas e negócios
    • Energia
    • Gênero
    • Gestão de projetos
    • Gestão pública
    • Ideação
    • Infraestrutura
    • Meio ambiente
    • Mercados financeiros
    • Saúde
    • Segurança
    • Trabalho
    • Turismo sustentável
  • Autores
Afrodescendentes enfrentam a COVID-19

Exposição e desigualdades: afrodescendentes durante a COVID-19

05/05/2020 por Judith Morrison Deixe um comentário


Evidências iniciais de que a COVID-19 está alcançando as comunidades afrodescendentes na América Latina têm crescido. Estatísticas do Brasil mostram que a população negra tem maior probabilidade de desenvolver sintomas respiratórios letais (mais de 20%). A costa pacífica colombiana, que tem uma grande população afro–colombiana e indígena, registrou os primeiros casos de coronavírus semanas atrás e todas as províncias do Panamá também registraram casos. 

A população negra frequentemente executa o trabalho essencial na linha de frente, fazendo a limpeza, transporte, entrega, estocagem e fornecendo os serviços de saúde que necessitamos. Por exemplo, afro–uruguaios representam 8% da população, mas uma em cada quatro mulheres negras são trabalhadoras domésticas no país. De acordo com dados sobre imigrantes, 50% dos afro–panamenhos que vivem nos Estados Unidos são enfermeiros, e enfermagem é uma das profissões mais populares entre as mulheres negras do país. 

O que acontece quando combinamos a representação elevada de afrodescendentes nos postos de trabalho classificados como essenciais e a desigualdade histórica no seu acesso à saúde? 

 

Desafios e Opções para Políticas Públicas 

Os negros têm menores chances de ter acesso a crédito e também possuem menor renda e menor taxa de poupança. Como resultado, podem vir a ter menos capacidade de se abastecer de alimentos e itens domésticos em períodos de crise. Eles têm também uma probabilidade bem maior de serem trabalhadores informais ou autônomos. 

As condições enfrentadas pela população afrodescendente no Brasil e na região são desafiadoras, contudo, elas não são novas e há diversas políticas que governos podem conduzir para reforçar a resiliência histórica dessas comunidades na região. 

  • Priorizar a coleta de estatísticas de atendimento médico desagregada por raça/cor e grupo étnico e relatar as suas taxas de mortalidade.* A confidencialidade dessas informações deve ser preservada para garantir um atendimento de qualidade e sem discriminação. 
  • Aumentar a realização de testes preventivos, com foco na população negra de alto risco, especialmente em áreas com alta concentração de idosos e trabalhadores essenciais. 
  • Fornecer estações de higienização das mãos em áreas onde não há acesso à água para lavar mãos e onde há muitos trabalhadores em atividades essenciais. 
  • Trabalhar em parceria com organizações comunitárias, sociedade civil, instituições religiosas, movimentos sociais e governos locais, para garantir que a mensagem alcance as comunidades afrodescendentes. 
  • Disseminar o trabalho fundamental, mas invisível, da população negra, que realiza o trabalho nos serviços essenciais, como manutenção, limpeza, atendimento à saúde, entregas e apoio médico. Compartilhar amplamente esta informação pode vir a promover um maior senso de respeito e reduzir a percepção de discriminação racial. 
  • Expandir a cobertura de programas de transferência direta para proteger a renda da população afrodescendente que trabalha no setor informal e não usufrui de seguro desemprego. 
  • Garantir o acesso à Internet e tecnologia pelos negros, de maneira a aumentar suas possibilidades de realizar estudo à distância, telemedicina e trabalho remoto. 
  • Oferecer linhas de crédito e critérios de seleção que priorizem afrodescendentes e fornecedores locais nos processos de compra pública de bens e serviços. 
  • Gerar espaços virtuais em  aliança com o  setor privado  para vendas, treinamento, mentoria e apoio aos negócios, visando ajudar empreendedores negros a identificar novos mercados e sustentar seus negócios. 

Ainda não podemos determinar a extensão dos danos que a COVID-19 irá causar em comunidades afrodescendentes, mas sabemos que ela está revelando desigualdades históricas que podem e devem ser solucionadas de maneira igualitária para todos os cidadãos do Brasil e da região. 

* Dados do Brasil demonstram disparidades raciais com relação ao COVID-19, contudo, também sabemos que 32% dos pacientes não declaram sua identidade racial e étnica (Correio 24 Horas, 2019). 

 


Arquivado em:Gênero, Saúde Marcado com:coronavirus, COVID-19, desigualdade, mortalidade, negros, Painel de Impacto do Coronavírus, população negra, saúde

Judith Morrison

Asesora Principal de Operaciones en la Oficina de la Asesora Especial de Género y Diversidad del BID. Con más de 20 años de experiencia en desarrollo internacional, ha sido Directora del Diálogo Interamericano, Directora Regional de la Fundación Interamericana y Directora Ejecutiva de la Consulta Interagencial sobre Raza en América Latina. Su trabajo se ha centrado en los mejores enfoques de orientación a las comunidades pobres y vulnerables de Latinoamérica, con énfasis en el desarrollo económico de los pueblos indígenas y los afrodescendientes. Tiene una amplia experiencia como intermediaria en inversiones entre el sector privado y las comunidades en toda Latinoamérica y desarrolló el primer fondo de eco-desarrollo del sector privado en Brasil. Cuenta con un Máster en mitigación de la pobreza y la distribución de los ingresos del MIT, donde recibió el Premio de investigación internacional Carroll Wilson y la Beca Woodrow Wilson.

Reader Interactions

Leave a Reply Cancel reply

Your email address will not be published. Required fields are marked *

Primary Sidebar

Receba nosso conteúdo exclusivo

ASSINE

Pesquisar

Ideação

Banco de inovação em gestão pública no Brasil

Categorias

Você pode se interessar por

  • Trabalhando como negra: mulheres afrodescendentes no mercado de trabalho
  • Por que as mulheres afrodescendentes são um talento pouco aproveitado pelo setor privado
  • Como favorecer a inclusão de pessoas afrodescendentes nas cidades da América Latina e Caribe?

Footer

Banco Interamericano de Desarrollo
facebook
twitter
youtube
youtube

    Blogs escritos por funcionários do BID:

    Copyright © Inter-American Development Bank ("IDB"). Este trabalho está sob a licença de Creative Commons IGO 3.0 Attribution-NonCommercial-NoDerivatives. (CC-IGO 3.0 BY-NC-ND) e pode ser reproduzido com atribuição ao BID para fins não comerciais. Trabalhos derivados não são permitidos. Qualquer disputa relacionada ao uso dos trabalhos do BID que não possam ser acordados de maneira amigável deve ser submetida à arbitragem de acordo com as regras da UNCITRAL. O uso do nome do BID para qualquer finalidade além de atribuição e o uso da logo do BID está sujeita a um acordo de licença separado entre o Banco e o usuário e não é parte da licença de CC- IGO. Note que o link proporcionado sobre a licença Creative Commons inclui termos e condições adicionais.


    Blogs escritos por autores externos:

    Para qualquer dúvida relacionada ao direito de copyright de artigos produzidos por autores que não são funcionários do BID, por favor preencher o formulário de contato para este blog.

    As opiniões expressadas neste blog são dos autores e não refletem necessariamente as opiniões do BID, seu Conselho Executivo, ou de seus países membros.

    Atribuição: além de atribuir o trabalho ao autor respectivo e ao dono do direito de copyright, conforme o caso, apreciamos se você pode incluir um link para o blog do BID.



    Política de privacidade

    Copyright © 2025 · Magazine Pro em Genesis Framework · WordPress · Log in

    Banco Interamericano de Desarrollo

    Aviso Legal

    Las opiniones expresadas en estos blogs son las de los autores y no necesariamente reflejan las opiniones del Banco Interamericano de Desarrollo, sus directivas, la Asamblea de Gobernadores o sus países miembros.

    facebook
    twitter
    youtube