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Emprego no G20: promovendo a diversidade e a transição justa

14/11/2024 por Livia Gouvêa Gomes - Kelly Miranda - Maíra Lacerda e Silva - Samuel Franco - Silvia Varejão - Camila Amaral Dias Deixe um comentário


Ao longo de 2024, o Brasil presidiu o G20, grupo que reúne as maiores economias do mundo e concentra quase dois terços da força de trabalho global. Com a Cúpula do G20 se aproximando – será realizada nos dias 18 e 19 de novembro, no Rio de Janeiro – fazemos, neste blog, um balanço das discussões do Grupo de Trabalho sobre Emprego (EWG, Employment Working Group, na sigla em inglês), que o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) integrou como instituição convidada.

Quatro temas prioritários foram definidos para os debates:

  1. Criação de emprego de qualidade e promoção do trabalho decente para garantir a inclusão social e eliminar a pobreza e a fome;
  2. Necessidade de uma transição justa diante das transformações digitais e energéticas;
  3. Uso da tecnologia para melhorar a qualidade de vida para todos e todas;
  4. Equidade de gênero e promoção da diversidade no mundo do trabalho.

Esses temas estão alinhados com a agenda do BID para o desenvolvimento socioeconômico da América Latina e Caribe, que norteou a nossa contribuição para as discussões.

Equidade de gênero e diversidade no mercado de trabalho

Para garantir um mercado de trabalho mais inclusivo e resiliente, é essencial assegurar as condições para que mulheres, pessoas LGBTQIA+ e outros grupos historicamente marginalizados tenham acesso e oportunidades justas de crescimento e desenvolvimento profissional. Isso inclui implementar políticas de igualdade salarial por trabalho de igual valor e avançar no acesso equitativo a ocupações de maior qualificação e remuneração e a programas de qualificação – aspectos que foram abordados nas reuniões do Grupo de Trabalho.

No entanto, o que se sabe é que, globalmente, o mercado de trabalho ainda enfrenta desafios significativos, especialmente no que se refere à ampliação da participação de mulheres e grupos minoritários.

A taxa de participação na força de trabalho – indicador que mede a proporção da população em idade de trabalhar que está empregada ou buscando emprego – está em torno de 60%, incluindo os países do G20. Contudo, quando analisamos esse indicador sob o recorte de gênero, observamos uma grande discrepância, com a participação masculina global em 72,9%, enquanto a feminina é de apenas 48%.

Essa diferença ilustra a persistente lacuna de gênero no mercado de trabalho. Para enfrentar essa desigualdade, o G20 estabeleceu em 2014 a Meta de Brisbane, que consiste em reduzir a lacuna de gênero na participação da força de trabalho em 25% até 2025. No entanto, apenas pouco mais da metade dos países membros estão perto de atingir a meta, segundo estudo recente da OIT e da OCDE produzido para apoiar o debate do G20 em 2024.  

Para tentar mudar este cenário, os Ministros do Trabalho e Emprego do G20 reafirmaram o compromisso com a Meta de Brisbane e esperam que ela traga 100 milhões de mulheres para o mercado de trabalho. De acordo com a declaração ministerial acordada em julho deste ano, as políticas prioritárias incluem transparência salarial, investimento em serviços de cuidado e redução da segregação profissional.

Impacto do avanço tecnológico na força de trabalho

O avanço tecnológico, liderado pela automação e pela inteligência artificial (IA), tem provocado profundas transformações no mercado de trabalho global. Esse impacto é particularmente relevante nas economias emergentes, como as da América Latina e Caribe, onde o BID atua e onde a informalidade persiste. A automação está modificando as estruturas ocupacionais e evidenciando ainda mais a importância de habilidades como competências digitais, pensamento crítico e adaptabilidade.

O BID promove políticas públicas que facilitem a transição para um mercado de trabalho mais digitalizado, com atenção para a inclusão. Isso porque tecnologias emergentes, como a IA generativa, têm o potencial de aumentar a produtividade e criar novas oportunidades de emprego, mas também podem exacerbar desigualdades, especialmente para grupos vulneráveis, que muitas vezes incluem mulheres e minorias étnico-raciais.

No caso das mulheres, as barreiras no campo tecnológico incluem estereótipos de gênero persistentes, falta de modelos femininos e discriminação no ambiente de trabalho. São obstáculos estruturais e culturais que limitam o avanço delas principalmente em áreas como STEM (ciência, tecnologia, engenharia e matemática), restringindo suas oportunidades de influenciar o desenvolvimento tecnológico.

Os Ministros do Trabalho e Emprego do G20 destacaram a importância de criar ambientes regulatórios que incentivem a inovação ao mesmo tempo que protejam os direitos dos trabalhadores. Isso inclui a promoção da diversidade e inclusão no desenvolvimento e na aplicação de tecnologias de IA, bem como a criação de sistemas de proteção social que ofereçam suporte adequado aos trabalhadores deslocados pela automação.  

Transição justa diante dos impactos das mudanças climáticas

A transição para uma economia de baixo carbono tem implicações diretas no mercado de trabalho. De um lado, as políticas de descarbonização e adaptação climática são fundamentais para mitigar os efeitos da mudança climática, mas podem resultar na perda de empregos em setores tradicionais. De outro, essas mesmas políticas podem criar oportunidades em setores como energia renovável, construção sustentável e gestão de resíduo.

A transição justa assegura que as transformações necessárias para uma economia sustentável sejam inclusivas e equitativas, beneficiando todas as camadas da população e garantindo que ninguém seja deixado para trás nesse processo de transformação global​.

Nos países da América Latina e do Caribe, 17% dos empregos são classificados como verde, como aponta uma publicação recente do BID. No entanto, a maioria está em setores dominados por homens. É importante implementar políticas que promovam a inclusão de mulheres e outros grupos sub-representados nesses setores emergentes. Além disso, programas de requalificação e a capacitação são fundamentais para garantir que todos os profissionais possam se adaptar às novas demandas do mercado de trabalho verde.

Distribuição de empregos verdes* em países da América Latina e Caribe (% dos empregos em cada país)

Fonte: ‘Mercados de Trabalho e Mudança Climática – Como adaptar as políticas de trabalho e melhorar as oportunidades de emprego. Disponível neste link
Nota: * Empregos verdes são aqueles que contribuem diretamente para a sustentabilidade ambiental, seja pela produção de bens ambientais ou pelo uso mais eficiente dos recursos naturais.

Os Ministros do Trabalho e Emprego do G20 reforçaram a importância de uma transição justa que promova sustentabilidade ambiental, trabalho digno, empregos de qualidade para todos e inclusão social. Entre os encaminhamentos, está a necessidade de fortalecer os programas de requalificação e aperfeiçoamento e políticas de proteção social que garantam apoio a profissionais afetados pela transição energética e pelas mudanças climáticas.

Como avançar nessas frentes

O BID tem apoiado diversas iniciativas para a contribuir com um mercado de trabalho mais justo, inclusivo e sustentável, especialmente no contexto da América Latina e do Caribe, ajudando a traduzir os compromissos globais em ações concretas que beneficiem diretamente as populações mais vulneráveis da região. As políticas de diversidade e equidade de gênero devem continuar avançando para garantir igualdade de oportunidades e remuneração. A automação e a inteligência artificial exigem uma abordagem que combine inovação com a proteção dos direitos dos trabalhadores. Uma transição justa é essencial para enfrentar a mudança climática, garantindo que os trabalhadores sejam requalificados e protegidos socialmente.


Arquivado em:Gênero, Trabalho Marcado com:diversidade, gênero, mercado de trabalho, tecnologia

Livia Gouvêa Gomes

Especialista da Divisão de Mercado de Trabalho do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) no Brasil. É economista e tem mestrado em Economia com ênfase em Organização Industrial e doutorado em Economia com orientação em Mercado de Trabalho, ambos pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio). Trabalhou em projetos de mercado de trabalho, educação, produtividade, pensões e política tributária. No BID desde 2019, tem se dedicado a trabalhar para fortalecer o mercado de trabalho brasileiro, sempre considerando aspectos de diversidade, o futuro do trabalho e o desenvolvimento social.

Kelly Miranda

Consultora da Divisão de Mercado de Trabalho do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Especialista em Gerenciamento de Projetos pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Produz e desenvolve pesquisas socioeconômicas voltadas para a proposição, monitoramento e avaliação de Políticas Públicas, tendo gênero, diversidade e mercado de trabalho como principais norteadores do seu trabalho.

Maíra Lacerda e Silva

Maíra Lacerda e Silva é Analista Técnica de Políticas Sociais com mais de 15 anos de experiência em relações internacionais. É formada em Letras pela Unicamp e mestre em Linguística pela mesma instituição e tem especialização em gestão de sistemas de seguridade social.. Construiu sua carreira no setor público, com destaque para sua atuação no Ministério do Trabalho e Emprego, onde ocupa a posição de Chefe da Assessoria Especial de Assuntos Internacionais. Ao longo de sua trajetória, coordenou iniciativas como o Grupo de Trabalho sobre Emprego do G20 e participou de cooperações bilaterais importantes, como a parceria Lula-Biden.

Samuel Franco

Samuel Franco é CEO da Oppen Social, mestre em Estudos Populacionais e Pesquisas Sociais e bacharel em Estatística pela ENCE/IBGE. Possui ampla experiência em pesquisas sobre desigualdade social, educação e políticas públicas, atuando em projetos com órgãos governamentais, instituições privadas e internacionais. Especialista em desenho de pesquisa, monitoramento e avaliação de programas.

Silvia Varejão

Silvia Varejão é economista e mestre em economia, com mais de 15 anos dedicados a pesquisas sobre mercado de trabalho, desenvolvimento socioeconômico e políticas públicas. Atuou em organizações dos setores público e privado, liderando por mais de seis anos a área de estudos econômicos no Observatório da Indústria do Espírito Santo, com projetos voltados ao fortalecimento industrial, análise de cenários econômicos e desenvolvimento regional.

Camila Amaral Dias

Camila Amaral Dias é graduanda em Ciências Econômicas (UFES) e atua na Oppen Social na área de análise de dados. Seus temas de pesquisa incluem inflação, política monetária e fiscal, história econômica, mercado de trabalho, gestão de projetos e avaliação de políticas públicas.

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