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Desafios do setor de energia com a crise do coronavírus

08/04/2020 por Michelle Hallack - Ariel Yepez 1 Comentario


A crise causada pelo coronavírus reforça a dependência da sociedade moderna pela eletricidade, seja de forma direta nos hospitais (para operar ventiladores, refrigeradores e outros equipamentos médicos), seja na comunicação entre a sociedade e o governo, ou indiretamente para permitir uma certa continuidade da produtividade (por meio de esquemas de teletrabalho), educação (estudos on-line) e entretenimento para lidar com isolamento ou quarentena (pessoas conectadas por meio de telefones, computadores e outros dispositivos eletrônicos).  

A garantia do acesso aos serviços de energia depende da infraestrutura, de sua operação e manutenção, da disponibilidade de combustíveis e também da acessibilidade dos serviços para todos os usuários, principalmente aqueles com renda mais baixa.  

A infraestrutura, na grande maioria dos casos, não deve ser uma grande restrição a curto e médio prazo. De acordo com estimativas iniciais em países da Ásia e Europa que foram mais severamente afetados por essa situação e que recorreram a esquemas de isolamento ou quarentena, a demanda de eletricidade diminuiu entre 15 e 20%. No entanto, para países da América Latina e do Caribe, esse valor dependerá das características da demanda e de sua dependência da atividade econômica. Esse mesmo efeito pode ser muito maior em uma economia dependente do turismo e muito menor em economias onde boa parte da demanda de eletricidade depende do consumo residencial.  

A boa notícia é que, se os sistemas forem operados adequadamente e se não houver limites específicos na rede, a disponibilidade de geração não será uma limitação para os países da região. Nos sistemas em que a qualidade não é adequada (por exemplo, interrupções frequentes ou sistemas isolados com poucas horas de acesso à energia por dia), a prioridade será evitar a escassez para usuários residenciais e, principalmente, para os centros de saúde e outros serviços essenciais para atender a emergência. Nessas circunstâncias, uma infraestrutura de backup pode ser necessária para garantir o fornecimento.  

Para garantir o funcionamento da infraestrutura é essencial prestar atenção às condições dos trabalhadores das empresas do setor, a fim de assegurar a operação adequada do sistema, incluindo os centros de despacho e controle.  

Por outro lado, para garantir a cobertura, o serviço deve ser acessível. Em uma emergência como a atual, a população mais vulnerável, trabalhadores informais e pequenos empreendedores, também podem ter dificuldade para pagar por serviços de energia (eletricidade e combustíveis).  

Onde estão os maiores desafios? 

Listamos abaixo alguns dos desafios que o Brasil e demais países da região devem enfrentar:  

  • Garantir um suprimento suficiente, contínuo e de alta qualidade nos centros de saúde e outros serviços básicos, como fornecimento e manejo de água. Também é necessário garantir apoio a todos os centros de saúde.
  • Garantir a segurança ocupacional de trabalhadores essenciais para a operação e manutenção do sistema elétrico. 
  • Fornecer mecanismos para garantir a acessibilidade dos serviços de energia: à população vulnerável e à população em geral, que, mesmo sem ser vulnerável, teve sua renda consideravelmente afetada em conseqüência da pandemia. 
  • Estabelecer uma estratégia para garantir a sustentabilidade financeira e operacional do setor, considerando a perda de receita decorrente da diminuição da demanda e dos atrasos ou falta de pagamentos pela prestação do serviço. O valor das perdas dependerá fundamentalmente das medidas adotadas pelos países e da queda na demanda de eletricidade. Esse desafio não se apresenta apenas durante a crise;  deve ser ainda maior não período de recuperação. 

  

E a recuperação após a crise? 

Alguns dos desafios mencionados durante a pandemia podem perdurar no médio prazo e, por isso, a região também precisa se preparar para garantir que a recuperação seja a mais rápida possível. Essa crise gerará disrupções técnicas e econômicas, o que pode dificultar a operação e manutenção sustentáveis ​​do sistema. Isso se torna mais complicado principalmente para sistemas que já enfrentavam essas dificuldades antes da pandemia.  

Do ponto de vista técnico, as interrupções nas cadeias produtivas de materiais e a insuficiência de recursos humanos para reativar a economia exigirão um grande esforço para garantir que a recuperação econômica tenha suprimento de energia suficiente para facilitar a recuperação.  

Além disso, do ponto de vista econômico, é provável que muitas empresas do setor tenham problemas de liquidez como resultado da queda da demanda e da obrigação de pagar contratos firmados. O impacto dependerá do papel do governo em assegurar os serviços de energia durante a crise e de como os desenhos de mercado vão distribuir os riscos de demanda entre os diferentes agentes do setor.  

Por exemplo, poderemos observar situações financeiras muito complicadas para algumas empresas de distribuição responsáveis ​​pela falta de pagamento da geração contratada no longo prazo (e não totalmente utilizada devido à queda na demanda).  

Além disso, as dificuldades financeiras esperadas para alguns dos principais atores do setor, associadas a preços mais baixos de petróleo e gás, podem criar incentivos para reduzir investimentos que causam menos impactos ambientais. Para que a recuperação seja ambientalmente sustentável, os investimentos em energia limpa por meio de leilões e outros mecanismos devem ser retomados a médio e longo prazo.  

Esses desafios criam maior pressão sobre os governos, pois devem atender às demandas imediatas de todos os setores afetados pela COVID-19. No entanto, no BID, nos preparamos para poder responder em tempo hábil e apoiar o setor de energia em áreas-chave. Enfrentar esses desafios pode permitir que mais de 600 milhões de habitantes da América Latina e do Caribe desfrutem de serviços de energia elétrica de qualidade neste período global crítico.  

Este post faz parte de uma série de textos que analisam os efeitos regionais causados ​​pelo coronavírus e foi publicado originalmente no blog “Energía para el Futuro”. 


Arquivado em:Energia Marcado com:acessoenergia, coronavirus, COVID-19, setorenergético, sistemaelétrico

Michelle Hallack

É economista responsável pela área de conhecimento da Divisão de Energia do BID e coordenadora do grupo de regulação econômica e políticas energéticas que presta assessoria técnica aos projetos do Banco. É professora licenciada em Economia pela Universidade Federal Fluminense (Brasil) e conselheira da Escola de Regulação de Florença (Itália) em Política Energética. Michelle tem mais de 12 anos de experiência em assessoria e consultoria em assuntos regulatórios para o setor privado, público e para organizações não-governamentais. Ela já trabalhou em projetos para países na Europa, América Latina e Ásia. Publicou diversos artigos acadêmicos e capítulos de livros. Possui doutorado em Economia pela Universidade Paris, mestrado em Economia Industrial pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, um mestrado em Economia e Gestão das Indústrias de Redes pela Universidade Pontifica de Comillas (Espanha) e pela Universidade Paris (França) (European Master Diploma - EMIN) e uma licenciatura em Economia pela Universidade Estadual de Campinas (Brasil).

Ariel Yepez

Ariel Yépez-García é Gerente do Setor de Infraestrutura e Energia do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Anteriormente, foi Chefe da Divisão de Energia do BID, liderando a implementação de projetos para promover a transição energética, a descarbonização e o desenvolvimento sustentável na América Latina e no Caribe. Antes de ingressar no BID, atuou como Economista Sênior de Energia no Banco Mundial e como Diretor de Planejamento Econômico da Petróleos Mexicanos (PEMEX). Também ocupou vários cargos na Secretaria do Tesouro do México, incluindo Diretor Geral de Receitas, Royalties, Preços e Tarifas. Yépez-Garcia lecionou na Universidade Nacional Autônoma do México e no Instituto Tecnológico Autônomo do México. Publicou artigos e livros sobre energia, infraestrutura, regulação, finanças públicas e organização industrial. Seu livro mais recente é “Como as famílias consomem energia? Evidências da América Latina e Caribe”, publicadas em inglês, espanhol e português. Ele é Doutor em Economia pela Universidade de Chicago e Mestre em Economia pelo Colegio de México. Recebeu o Prêmio Nacional de Economia do Banco Nacional do México.

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Comments

  1. Reginaldo Medeiros diz

    02/05/2020 at 10:23 am

    Michelle e Ariel, parabéns pela difícil análise que tem na diversidade dos sistemas energéticos, modelos comerciais divetsos e distintos arranjos intitucuinais um grande desafio para a árdua tatefa de comparar e tirar conclusões únicas sobre a região.

    Reply

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