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Hotel que virou hospital: descubra o que as adaptações de espaços urbanos ensinam nesta crise da COVID-19

01/06/2020 por Isidora Larrain de Andraca - Renata Seabra Deixe um comentário


Casas viram escritório, estádios dão lugar a hospitais de campanha, e leitos médicos são instalados em hotéis. A transformação de espaços públicos e privados já se consagra como uma das marcas da pandemia da COVID-19, mas a situação não chega a ser inédita.  

Em todo o mundo, testemunhar a adaptação do uso dos edifícios é parte da história de diversas cidades, seja pela obsolescência de algumas construções, seja por algum evento de força maior – como as catástrofes que obrigam ginásios esportivos a acolherem desabrigados. 

É verdade que esta pandemia impôs aos gestores urbanos um ritmo mais veloz de adaptações, além dos desafios do distanciamento social. Mas também é fato que, apesar das diferenças, as experiências do passado oferecem aprendizados importantes para o momento atual e dão pistas sobre reflexões que temos que enfrentar: o que faremos com essas estruturas adaptadas agora? Como resolver a insuficiência e a falta de moradia, escancaradas durante as campanhas pelo #FiqueEmCasa?  

Veja, a seguir, lições do passado, ações do presente e reflexões para o futuro sobre a adaptação de espaços e construções urbanas: 

Lições do passado

Adaptar edifícios é um exercício de sustentabilidade: evita demolições prematuras e estende o ciclo de vida da construção e dos materiais (Bullen, 2011)1. 

Mas mesmo quando a sustentabilidade não era preocupação central no planejamento urbano, a transformação do uso dos edifícios já ocorria à medida que a própria sociedade e suas necessidades iam mudando:  

  • Antigas prisões se converteram em centros comunitários e culturais em Valparaíso(Chile) e Montevidéu; 
  • Igrejas foram transformadas em habitações em Montreal (Canadá), Utrecht (Países Baixos), Londres, entre outros; 
  • Espaços industriais viraram lofts ou ateliês em Nova York e Baltimore (EUA), ou parque de diversões em Ruhr (Alemanha), o Engenho Central em Piracicaba (SP) tornou-se um centro cultural, além de inúmeros outros exemplos.    
Antiga prisão de Miguelete, Montevideo Uruguai. Hoje, centro de exposições de arte visual, ateliês de artistas, praça pública e museu de história natural. © 2019 Isidora Larraín
Antiga prisão de Valparaíso, Chile. Hoje, parque cultural, acolhe atividades de dança, teatro, circo, música e galeria. © 2013 Isidora Larraín
Da esquerda para a direita: Casa de luxo em Saint Jakobus Church em Utrecht. Fonte imagem: https://www.contemporist.com/former-saint-jakobus-church-in-utrecht-available-to-rent/
Pequenos apartamentos no distrito de San Eduardo em Montereal ©2019 Isidora Larraín
Biblioteca da Igreja Dominicana de Maastricht se soma às incubadoras, restaurantes e outros usos em igrejas.
Da esquerda para a direita: Duisburg Nord na região de Ruhr na Alemanha converteu indústrias de aço abandonadas em parque de diversões. Aproveitando formas particulares de espaços, incorpora também as salas de exibições de maior altura da Europa. As fontes das imagens são: https://pxhere.com/es/photo/506968;https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Hochofen_5_Landschaftspark_Duisburg_Nord_Abend_2013.jpg
Lofts de habitação e residências de artistas em edifícios industriais em Baltimore, USA. https://www.flickr.com/photos/baltimoreheritage/40593728545 

No Brasil dos anos 1970, a arquiteta Lina Bo Bardi propôs estratégias de reabilitação para edifícios: o centro cultural Sesc Pompeia foi fábrica de tambores, por exemplo. Mantendo o máximo dos prédios existentes, Bo Bardi se adiantava ao tratado internacional de Burra de 2013, que preconizava “fazer quando for necessário e o menos possível” (Condello et al, 2016)2. Paulo Mendes da Rocha também desenvolveu a Pinacoteca de São Paulo no que foi a escola de Artes e Ofícios de São Paulo. São exemplos de gênios da arquitetura brasileira que se adaptam a novos usos.  

Fig. X Casa do Olodum (esquerda) acolhe hoje um mercado e Casa do Benin (centro) destaca a cultura afro-brasileira, ambos projetos de Lina Bo Bardi no que antes eram casas no Pelourinho em Salvador. Pinacoteca de São Paulo (direita).
Fonte das imagens da direita para a esquerda: https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/f/fa/Casa_do_Olodum.jpg, https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/3/3e/Casa_do_Benin_01.jpg, © 2019 Isidora Larraín

Desses exemplos do passado, podemos tirar lições como:  

  • a mínima intervenção é também a mais rápida, e o tempo é precioso nesta crise sanitária.  
  • no caso de a adaptação ser mais profunda, o sistema de avaliação patrimonial permitemanter aspectos essenciais das estruturas e suas memórias, mesmo diante de usuários e usos não imaginados previamente.   
  • A melhor forma de conservar um edifício de forma sustentável é mantê-lo ocupado, seja respeitando o uso original ou assumindo um novo uso.     

Ações do presente 

A necessidade de readaptar estruturas para o uso voltou à tona em 2020. As cidades lançaram mão de estratégias diversas para enfrentar a falta de espaço para pacientes em decorrência da pandemia. Cada uma dessas adaptações traz consigo oportunidades distintas de reflexão e deaprendizado à luz das experiências bem sucedidas no passado e do futuro mais sustentável que se almeja: 

Adaptação de hotéis para receber pacientes

Há diversos exemplos, do Brasil e do mundo, nesse sentido. Em Natal (RN), o imponente, mas desativado, hotel Parque da Costeira, construído há 30 anos com 330 apartamentos e oito piscinas, se prepara para receber 100 leitos clínicos e 20 de UTI. Após leilão que não atingiu o lance mínimo, o uso do edifício foi cedido à prefeitura enquanto o estado de calamidade prevalecer.  

Trata-se de uma intervenção reversível e que agrega valor ao edifício, que terá funcionado como um bem público em tempos de crise. No futuro, o hotel terá, provavelmente, apenas uma placa em memória do que foi em 2020. 

Hotel adaptado a uso temporário para Hospital de pacientes de baixa complexidade, em Natal, Brasil. Fonte imagem: https://www.tripadvisor.com.br/Hotel_Review-g303518-d455997-Reviews-Parque_da_Costeira-Natal_State_of_Rio_Grande_do_Norte.html
Hospital de campanh em Verona, Itália
https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Tenda_PC_covid-19_Verona_2.jpg
Hospital de campanha em Gothenburg, Suécia. https://commons.wikimedia.org/wiki/File:%C3%96stra_Sjukhuset_COVID-19_F%C3%A4ltsjukhus.jpg

 

 

 

 

 

 

 

A solução aplicada a hotéis, dada a facilidade de adaptação, pode ser repensada para outros setores. Em diversas partes, discute-se o impacto dos gastos com aluguel de locais comerciais que deverão permanecer fechados por meses. A reutilização temporária ou permanente dessesespaços garantiria não só renda, mas também a sobrevivência desses prédios e do que eles significam para a vizinhança.  

Os benefícios dessa estratégia são diversos, incluindo: 

  • garante uso de espaços que estariam ociosos – com vantagens para a economia, a memória e a vida do entorno, além de evitar demolições precoces;  
  • para o paciente, psicologicamente, é mais alentador e digno recuperar-se em um prédio de verdade que em uma estrutura de lona;  
  • estruturas de um hotel para o check-in, para a alimentação no quarto e de lavanderia são mais fáceis de se adaptar a um hospital;
  • É preciso levar em conta o impacto na paisagem urbana que hospitais de campanha, surgidos abruptamente, trazem, criando percepção de crise ou pânico. 

Na mesma linha, o Airbnb acolhe profissionais da saúde na Itália e pessoas sem teto em Barcelona. Além disso, as locações pela plataforma, anteriormente destinadas a turistas por poucos dias, estão se abrindo a prazos mais longos, o que atende em parte o déficit habitacional. 

 Apesar dos benefícios da readaptação do uso de edifícios obsoletos, há também desafios interessantes, como: 

  • questões arquitetônicas de funcionalidade, habitabilidade e padrões de conforto; 
  • barreiras legais ou regulatórias para mudar o uso do solo no longo prazo (fora de períodos de emergência). 

É uma equação complexa a ser resolvida. Felizmente, há vários casos de sucesso ao longo dosséculos e podemos aprender com eles. Nesse sentido, oportunidades e barreiras–chave nos facilitam na tomada de decisões:   

Fig.4. Resumo de barreiras e oportunidades para optar pela reutilização adaptativa ou construção nova (essa tomada de decisão não se aplica para edifícios patrimoniais protegidos).Fonte: imagem do autor, baseada em Bullen, 2011.

Além das vantagens e dos desafios dessa opção, convém destacar as lições tiradas desse uso, como:  

  • Dependendo da edificação e seu nível de proteção, sugere-se manter a fachada, a tipologia do edifício e a estrutura bruta, enquanto se modificam espaços interiores de acordo com as novas demandas;  
  • Além das vantagens econômicas e ambientais com intervenções desnecessárias, essa estratégia protege os valores coletivos associados ao edifício.  
  • Manter a estrutura também permite usufruir das vantagens funcionais: por exemplo, um prédio no formato de casa pátio dificilmente funcionará bem se fecharmos a luz ou ventilação para acolher novas funções. 

Construção de hospitais de campanha e uso de centros de convenções 

Outra opção adotada por diversas localidades são as construções de estruturas temporárias para o tratamento de pacientes, muitas instaladas dentro de equipamentos de educação,esportes ou em centros de convenções. É o caso do Estádio do Pacaembu em São Paulo ou oMaracanã, no Rio.  

Em Madri, o Palácio de Gelo, centro de patinação e entretenimento no inverno, por meio de concessão privada isenta de impostos, se converteu, durante o período mais crítico da pandemia, em um necrotério.   

Há exemplo do uso de centro de convenções em todo o continente, como o RioCentro, no Rio,o Espacio Riesco, em Santiago, e Javits Center em Nova York.  

Na capital chilena, a ativação de um centro de convenções privado locado pelo Ministério da Saúde foi realizada em questão de semanas. O espaço está na área até então mais afetada pela pandemia em Santiago e conta com acesso estratégico e geradores elétricos, chaves para o funcionamento hospitalar. A controvérsia se deu sobre o processo de escolha desse espaçoquanto à transparência, que poderia ser brevemente justificado tecnicamente em comparaçãocom alternativas de custo zero para os cofres públicos, na mesma região. 

Por outro lado, o uso do Centro de Convenções Jacob Javits, de propriedade e gestão públicaem Nova York, é exemplar quanto a agilidade na instalação da operação. Em menos de uma semana após a autorização, já contava com 1.000 leitos hospitalares. Os militares que trabalharam na implementação destacaram que a adaptação física não foi um problema e afirmaram que usaram método similar no pós-furacão Katrina. A gestão hospitalar, por outro lado, é mais desafiadora.  

Desses exemplos, surgem aprendizados como: 

  • A locação de espaços privados traz a discussão da necessidade de justificar essa escolha e a importância da transparência em atos públicos; 
  • A reabilitação adaptativa precisa ser acompanhada de bons modelos de gestão desde o princípio do redesenho, com modelos complexos em estruturas polifuncionais de longo prazo e modelos o mais simples e claro possíveis sob protocolos de emergência.   

Com a COVID-19, a adaptação de usos pode abrir oportunidades de inovação e aporte urbano em infraestruturas fechadas ou subutilizadas. Desde 2018, o Laboratório de Cidades do Banco Interamericano de Desenvolvimento testa novos usos temporais em espaços icônicos e centrais de cidades como São Luís, Panamá, Paramaribo, Buenos Aires e Santiago. São realizadasavaliações para entender quais dos novos usos se adaptam melhor e replicar as experiênciasbem sucedidas. O espaço compartilhado que não pudemos utilizar assumirá um papel distinto nas cidades que podemos explorar e co-construir.  

Reflexões para o futuro 

Independentemente das escolhas feitas pelas cidades, o pós-pandemia reservará desafios a serem enfrentados. Listamos alguns: 

  • Com a adoção massiva do teletrabalho, haverá escritórios ociosos? Será que, como herança do COVID-19, devemos pensar em adaptar esses espaços a novos usos, tal como vêm fazendo cidades? Em Amsterdã, por exemplo, antigos edifícios de escritórios em áreas centrais atendem o déficit de habitação bem localizada.  
  • Nossas cidades estão aprendendo a adaptar espaços estrategicamente a uma possível próxima pandemia ou crise?  
  • Se uma certeza emerge dessa crise, é que devemos ser flexíveis para reagir rápido a novas necessidades urbanas. Não temos nem o tempo, nem os recursos (financeiros e ambientais) para construir toda vez do zero. 

Arquivado em:Cidades Marcado com:arquitetura, coronavirus, COVID-19, Painel de Impacto do Coronavírus, sustentabilidade, urbanismo

Isidora Larrain de Andraca

Isidora se incorporó al Banco Interamericano de Desarrollo para trabajar multidisciplinariamente en proyectos urbanos innovadores incorporando patrimonio cultural, inclusión, ecoeficiencia e industrias creativas y culturales. Es además parte del Equipo del Cities lab, experimentando y evaluando nuevas soluciones en áreas centrales de las ciudades de la región. Anteriormente, diseñó y gestionó proyectos de revitalización patrimonial en el centro histórico de Santiago-Chile y coordinó la adaptación del Programa Recuperación de Barrios para zonas patrimoniales en el Ministerio de Vivienda y Urbanismo de Chile. Isidora ha diseñado proyectos innovadores con identidad local en diversos contextos en Malta, UK, Patagonia, Brasil y Surinam, entre otros y ha dictado cursos de postgrado y pregrado en Arquitectura, Urbanismo y gestión del Patrimonio en la P. Universidad Católica de Chile. Isidora es magister en Patrimonio Sostenible de la Bartlett en University College London y Arquitecto de la P. Universidad Católica de Chile, ambos con distinción.

Renata Seabra

Arquitecta y Urbanista egresada de la Universidad de Brasilia, con una Maestría en Planificación y Desarrollo Urbano de la University College London (UCL), especialización en Derecho Urbano de la PUC Minas y un MBA en Gestión de Proyectos de IPOG. Con más de 10 años de experiencia profesional, ha trabajado con los diversos desafíos que existen en los centros urbanos, incluyendo movilidad, reducción de la pobreza, infraestructura, financiamiento y ciudades sostenibles. Actualmente trabaja como consultora en Planificación y Desarrollo Urbano para organismos multilaterales y el sector privado.

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