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COVID-19: o colapso do sistema de transporte público?

24/04/2020 por Karisa Ribeiro - Maria Emília Monteiro Deixe um comentário


Desde o dia 11 de março, quando a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou estado de pandemia por conta do novo cororavírus, as medidas de distanciamento e isolamento social causaram impactos nas atividades urbanas e, consequentemente, no transporte público. As pessoas deixaram de se deslocar para diversos lugares por causa da orientação para sair de casa apenas em casos essenciais e do receio de que a aglomeração de passageiros do transporte público contribua para a propagação do novo coronavírus.

O transporte público continua sendo fundamental tanto para garantir que trabalhadores de setores essenciais, como os profissionais da saúde e alimentação, cheguem aos seus locais de trabalho; como para garantir à população a oferta de transporte a locais críticos como mercados, farmácias, bancos e hospitais.

Nesse contexto, existem várias ações que devem ser aplicadas no transporte público para o enfrentamento da pandemia. As autoridades públicas e operadores do transporte público urbano têm adotado diversas medidas a depender das condições locais em termos de recursos, governança e engajamento da sociedade.

As iniciativas vão desde a diminuição da oferta do serviço e reorganização do sistema, para que os veículos trafeguem com um nível de ocupação menor do que o usual; a ações sanitárias que visam higienizar veículos, estações e terminais para que o contágio seja minimizado, além de medidas de segurança, especialmente para mulheres. Entretanto, apesar dessas medidas contribuírem para o controle da pandemia, elas não contemplam o risco associado ao potencial colapso do transporte público urbano.

Em toda a América Latina, o transporte público depende fundamentalmente da receita obtida por meio do pagamento da tarifa. Ou seja, o usuário é quem paga pelos serviços prestados, porque, por via de regra, não há subsídios para o funcionamento dos sistemas de transporte público. Ocorre que a queda da demanda de passageiros pagantes observada durante a pandemia poderá gerar a incapacidade de funcionamento dos serviços.

Segundo a análise dos dados do Moovit, o número de passageiros no transporte público caiu drasticamente nas cidades latino-americanas, com números variando de 67% a 94%. Por exemplo, Lima é a cidade na qual o transporte público foi mais afetado, apresentando queda de demanda de 94%. No Brasil, levantamento realizado pela Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (www.ntu.org.br) revelou uma redução média da demanda de 80% em relação àquela observada antes do início da pandemia. No setor metroferroviário, a Associação Nacional dos Transportadores de Passageiros sobre Trilhos (ANPTrilhos) divulgou que o setor teve prejuízos da ordem de R$933 milhões com o coronavírus. No gráfico abaixo, nosso painel de impacto do coronavírus apresenta o quadro dramático para o sistema de transportes em várias cidades brasileiras:

Uso do Transporte Público na América Latina

À medida que o número de passageiros pagantes diminui, a quantidade recursos para pagar pelos custos operacionais dos serviços de transporte público também cai. Gradualmente, as empresas operadoras deixarão realizar os serviços, já que não terão como pagar pelo combustível, pelos salários dos trabalhadores e por todos os outros itens de custos. Como não há, no momento, um conjunto de ações que possa reverter essa situação, há a possibilidade significativa de que muitas cidades não possam contar com o transporte público nas próximas semanas. Isso acarretaria a paralização de muitas atividades essenciais, inclusive para aqueles trabalhadores mais vulneráveis que dependem dos serviços de emergência.

Não há dúvidas sobre a magnitude dos impactos do novo coronavírus no transporte público e sobre a necessidade de entender e estruturar ações de curto e médio prazos para viabilizar a continuidade dessa atividade essencial. O momento que vivemos oferece a oportunidade de constituir uma base mais sólida e inovadora, que contemple as necessidades atuais e gere sustentabilidade para um novo modelo econômico-financeiro para o setor.

Mesmo com o retorno gradual da atividade econômica em algumas cidades, os reflexos da demanda fortemente reduzida serão sentidos e vivenciados no longo prazo. No BID, estamos ajudando nossos parceiros (estados e municípios) a repensarem seus sistemas de transporte público urbano.

Muito em breve vamos compartilhar, em detalhes, iniciativas para ajudar as pessoas a usar o transporte sem medo, mas mantendo todas as orientações de práticas individuais necessárias para reduzir e evitar a propagação do coronavírus. O sistema de transporte é não apenas a espinha dorsal da economia, mas um serviço público essencial para manter vidas.


Arquivado em:Cidades Marcado com:cidades, coronavirus, COVID-19, transporte, transporte público

Karisa Ribeiro

É engenheira de transporte com especialização em planejamento e mobilidade urbana, gerenciamento de grandes projetos de infraestrutura, estudos de análise de viabilidade econômica, planejamento e modelagem de sistemas de transporte. Possui mestrado e doutorado em Engenharia Civil, Nagoya, Japão, e graduação em Engenharia Civil, Belo Horizonte, Brasil. Com 20 anos de experiência adquirida trabalhando no Brasil, Japão, Austrália e Nova Zelândia, Karisa atuou e coordenou equipes multidisciplinares, buscando desenvolver diversos negócios e oportunidades nos setores público e privado, com foco nas áreas de: gestão de projetos, estudos de análise de viabilidade econômica, mobilidade e acessibilidade urbana, otimização de recursos e capital em grandes projetos de infraestrutura. Como especialista sênior em transporte do BID, Karisa se dedica à concepção, gestão e monitoramento de grandes projetos de infraestrutura no Brasil e ao portfólio do Banco na região. Siga Karisa no twitter: @KarisaRibeiro

Maria Emília Monteiro

Consultora Externa da Divisão de Transporte do Banco Interamericano de Desenvolvimento. É Arquiteta e Urbanista e atualmente é aluna de mestrado em Planejamento Urbano na Universidade de Brasília (UnB). Seus interesses profissionais são mobilidade urbana, transporte sustentável e desenvolvimento urbano.

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