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Como as crianças podem ser incluídas na construção de comunidades mais resilientes?

13/10/2025 por Marcela Ciarlini - Mariana Mickaela - Jason Anthony Hobbs Deixe um comentário


  • Crianças trazem visão mais sensível e criativa sobre os territórios e podem contribuir para a criação de políticas públicas mais sustentáveis e inclusivas
  • Um espaço urbano seguro para a infância também é seguro para mulheres, idosos, pessoas com deficiência
  • Projeto apoiado pelo BID no Recife reconhece a importância de ouvir as crianças e desenvolve ações para que elas participem da construção dos espaços

Às vezes falta luz na comunidade de Dancing Days, na zona sul do Recife. Em noites como essas, as famílias deixam suas moradias e tomam as ruas, fugindo do calor e das muriçocas que invadem as casas sem janelas às margens do Rio Tejipió. É quase impossível dormir assim. Mas, para as crianças, a situação também se transforma no momento da brincadeira de esconde-esconde entre as raízes gigantes de mangue.

Essa perspectiva única das crianças sobre o território onde vivem tem valor e deve ser conectada à vida real, contribuindo para a construção de uma relação mais harmoniosa das pessoas com os espaços urbanos.

É com esse entendimento, em busca do bem viver e da proteção da identidade comunitária, que o Programa de Requalificação e Resiliência Urbana em áreas de Vulnerabilidade Socioambiental, o ProMorar Recife, decidiu incluir as crianças como um de seus públicos prioritários e como parâmetro para tomada de decisões.

Um lugar seguro para as crianças é seguro para toda a comunidade

 

O programa da Prefeitura do Recife, financiado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), tem como objetivo garantir condições adequadas de habitabilidade para as populações mais afetadas pela crise climática e social. Para isso, implementa ações integradas de urbanização, obras de infraestrutura resiliente e inovação na gestão de riscos e nas políticas habitacionais. O programa inclui medidas de prevenção, fortalecimento da resiliência e adaptação das estruturas urbanas a eventos climáticos extremos. E faz isso a partir de uma abordagem transversal e interseccional de gênero e diversidade, reconhecendo que diversos marcadores sociais intensificam a vulnerabilidade socioambiental e exigem políticas especializadas para sua mitigação.

As crianças são especialmente vulneráveis aos desastres e à emergência climática. No Brasil, cerca de 40 milhões de crianças e adolescentes enfrentam riscos climáticos, segundo o Unicef. Em 2023, mais de 1 milhão de crianças conviviam com a escassez de água e, em 2024, mais de 1 milhão sofreram interrupções escolares devido à crise climática. Esses impactos afetam a saúde, a nutrição, o aprendizado e a proteção, fragilizando vínculos afetivos e familiares, especialmente para meninas, crianças negras e indígenas.

Por outro lado, políticas públicas focadas em crianças têm o potencial de beneficiar toda a comunidade. O bem-estar das crianças depende do bem-estar de seus cuidadores. Um lugar seguro para crianças é também seguro para mulheres, idosos e pessoas com deficiência. Sendo assim, tomar as crianças como parâmetro é essencial para construir uma cidade digna e resiliente.

Como a participação das crianças se dá na prática?

Nas oficinas de escuta para os projetos de urbanização do ProMorar Recife, as crianças sempre estiveram presentes, especialmente acompanhando mulheres que são suas principais cuidadoras. Contudo, era destinado às crianças um espaço delimitado e separado do ambiente de discussão. Mas qual o sentido de deixar de lado e não escutar as principais impactadas pelas intervenções nesses territórios? Por que perder a oportunidade de escutar suas propostas, que podem até ser consideradas imaginárias e irreais por alguns, mas que têm potencial de ser verdadeiramente inovadoras e executáveis se entregues às pessoas certas?

Para incluí-las, foram desenvolvidas propostas que buscam garantir a proteção e o protagonismo nas suas intervenções. Destacamos aqui duas ações do ProMorar Recife que estão tendo grande impacto e que são de fácil replicabilidade:

  • Comitê de Crianças

O Comitê promove a participação de um grupo de crianças de 6 a 12 anos em todas as etapas dos projetos de urbanização. Criado em 2024 na Comunidade de Dancing Days, já está presente também em outras localidades como a Vila do Papel, a Vila Brasil e a Comunidade do Bem. O Comitê possibilita a participação das crianças em reuniões e visitas mensais com representantes da Prefeitura. Nesses encontros, elas podem propor melhorias e avaliar as intervenções. As famílias também são envolvidas para dar continuidade às vivências em casa.

  • NUPDECQuinhos

Os Núcleos de Proteção e Defesa Civil Comunitários de Crianças promovem uma educação não formal e lúdica sobre resiliência urbana e comunitária, em parceria com Defesa Civil e as Secretarias de Inovação Urbana e da Mulher. As crianças participam de atividades de aproximação com a natureza, identificação de pontos de risco nos seus próprios territórios e construção coletiva de práticas comunitárias conscientes. A iniciativa surgiu a partir da criação dos NUPDECs Mulheres, que apoiam a formação de mulheres como lideranças climáticas e incluem a perspectiva de gênero em situações de desastres.

Ao incluir as crianças, essas ações trazem olhares mais sensíveis e criativos para o planejamento dos espaços urbanos. Levar a infância a sério é reconhecer a capacidade das crianças de imaginar soluções, perceber o território com profundidade e propor caminhos que escapam da lógica do consumo. Ao escutá-las e levar em conta suas percepções nas decisões práticas, criamos formas de viver mais colaborativas, afetivas e resilientes.

Também contribuíram para o texto Ana Tereza Libânio – mestre em economia e consultora de Gênero e Diversidade do BID, Lúcia Siqueira – mestra em desenvolvimento urbano e consultora de Habitação e Desenvolvimento Urbano do BID e Roberta Carolina Assunção Faria – arquiteta e urbanista e consultora de Habitação e Desenvolvimento Urbano do BID.

Fotos de Brenda Alcântara cedidas pela Coordenação-Geral do Programa ProMorar – Prefeitura do Recife


Arquivado em:Cidades Marcado com:desenvolvimento urbano, habitação

Marcela Ciarlini

Graduada em Direito pela Universidade Federal de Pernambuco, pós-graduada em Gestão Pública e Educação pelo Instituto Singularidades e mestranda em Gestão Pública e Desenvolvimento Governamental pela Universidade de Buenos Aires. Atualmente, está como Gerente de Governança Participativa no Gabinete de Gerenciamento do ProMorar Recife e coordena os produtos de Gênero e Diversidade do programa. Tem experiência prévia de atuação com direitos humanos, educação e gênero, no setor público e no terceiro setor.

Mariana Mickaela

Graduada em Letras pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), atua no serviço público desde 2013, com experiência em diversas áreas da Prefeitura do Recife. Atualmente, é Gerente-Geral na Secretaria Executiva da Primeira Infância, onde lidera iniciativas voltadas ao desenvolvimento de políticas e programas para a primeira infância. Também é residente em Primeira Infância pela Universidade de Pernambuco (UPE) e pós-graduada em Gestão e Projetos Inovadores na Educação pelo Instituto Singularidades, com foco na promoção de um futuro mais justo e promissor para as crianças.

Jason Anthony Hobbs

Jason Hobbs asesora a los responsables de políticas y a los líderes de ciudades sobre desafíos urbanos, incluidos la infraestructura resiliente, mecanismos de captura de valor del suelo, desarrollo orientado al tránsito (DOT), preservación del patrimonio, mejoramiento urbano y espacios públicos. Tiene casi dos décadas de experiencia trabajando en toda la región de América Latina y el Caribe en el diseño, implementación y evaluación de proyectos de préstamos para el desarrollo. Su experiencia también incluye trabajo con el Banco Mundial, organizaciones sin fines de lucro y el sector público. Habla con fluidez portugués, español e inglés, y es un defensor apasionado de la creación de lugares y ciudades a escala humana, comprometido con el mejoramiento de las comunidades de la región. El trabajo publicado de Jason incluye notas técnicas revisadas por pares y publicaciones sobre la aplicación de sistemas DOT en el contexto de países en desarrollo; la identificación de atributos clave de las operaciones urbanas municipales, evidenciado en la experiencia de São Paulo; el impacto de la mejora de la infraestructura municipal en los precios de las propiedades; y alternativas para promover la vivienda de bajos ingresos en áreas urbanas centrales. Además de sus contribuciones a la investigación, ha sido editor de publicaciones revisadas por pares que abordan metodologías para mejorar la caminabilidad en entornos urbanos construidos. Su participación editorial se extiende a varios temas relacionados con el DOT, y escribe regularmente en blogs sobre temas relacionados con las finanzas urbanas municipales.

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